Página acrescentada em 02 de março de 2005. Atualizada
em agosto de 2020.
Piero Gancia
(Piero Vallarino Gancia)
por
Paulo Roberto Peralta
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Piero e Peralta - fev/2005 |
Nasceu na cidade de
Torino, na Itália em 30 de agosto de 1922.
Piero se apaixonou
pelo Brasil já na primeira vez que veio visitar o país a negócios. Casado com Lulla
e com o primeiro de seus três filhos Piero veio
à América Latina em 1951 para fabricar os produtos da Vermouth
Gancia, empresa de sua família, inicialmente em Montevidéu
(Uruguai), onde nasceu uma de suas filhas, após pouco mais de um
ano, em março de 1953, veio para o Brasil e se estabeleceu em São
Paulo, onde viria a nascer mais uma filha. O espumante "Asti",
famoso mundialmente, foi criado por seu bisavô.
Piero e sua esposa,
Lulla Gancia, eram do “jet-set”, viviam nas colunas da alta
sociedade, e Piero tinha paixão pelo golf e a ele se dedicava
sempre que possível. Em abril de 1960 chegou a vencer um torneio no
São Paulo Golfe Clube.
Piero conta que sua paixão pela velocidade começou cedo quando seu
pai o levou pela primeira vez a assistir uma corrida, em 1932, com
dez anos de idade, mas seu sonho em pilotar só foi tornar-se
realidade aqui no Brasil, na Itália havia feito um curso de
automobilismo em Monza com Piero Taruffi, mas nunca correu.
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1962 - I
12 Horas de Interlagos
Com: Celso Lara Barberis |
Em 1961 era dono de
uma Alfa Romeo Giulietta para uso pessoal, e estava interessado em participar da prova “I 12
Horas de Interlagos” em janeiro do ano seguinte, para isso procurou
ajuda de um
mecânico italiano, Giuseppe Perego (que havia trabalhado na famosa Escuderia Tubularte de José Gimenez Lopes) e
na época trabalhava na Garage Fulgor de
Emilio Zambello, Perego o levou à Interlagos para
apresentá-lo à Emilio com a proposta de fazerem dupla, mas como
Emilio já estava inscrito em dupla com Ruggero
Peruzzo, emilio o apresentou à Celso Lara Barberis que pensando que
Piero não "daria no couro” chegou a propor outro piloto. Nos primeiros treinos, para
surpresa de todos, Piero teve uma atuação bem acima da esperada e
Celso aceitou então fazer dupla. Acabaram chegando em 5º
lugar na classificação geral, apesar do pára-brisas quebrado e dos
amortecedores que não agüentavam mais de uma volta na esburacada
pista de Interlagos de então. Nada mal para quem estreava, e numa
prova de longa duração.
Seu pai, que por
sinal guiava muito mal, tinha medo e da Itália pedia para ele não
correr, ao que respondia:
“- Não, não corro, só participo de umas
provas de regularidade, tipo rallye”.
A amizade com
Zambello cresceu e ainda em 1962 fizeram a primeira de muitas
corridas juntos, com um FNM/JK participaram da prova “500 Milhas de
Interlagos”.
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1963 - II 12 Horas de Interlagos -
Alfa Romeo Giulietta de Piero seguida pelo FNM/JK de
Emilio Zambello |
Em 1963 participou
de cinco provas, a primeira "II 12 Horas de Interlagos”
dividindo o volante com:
Emílio Zambello/Ruggero Peruzzo/Guilherme Leão, com Zambello, que
correu em dois
carros nessa prova;.depois mais três
provas pilotando sozinho e a ultima no ano, "I 1500 Quilômetros de
Interlagos" em dupla com Emilio Zambello.
Em 1964, com a
concessão de venda das Alfas importadas no Brasil ele abriu, em
sociedade com Emilio Zambello, uma loja/oficina, a Jolly Automóveis,
e também junto com Emilio e mais o Perego e o Peruzzo, uma equipe, a
"Jolly-Gancia”, nome escolhido em homenagem à grande "scuderia/clube"
italiano.
Essa equipe se
tornou uma das melhores equipes da década de sessenta e contou além
dos dois “italian gentlemans”, como eram chamados Piero e Emilio,
com José Carlos Pace, Marivaldo Fernandes, Wilsinho Fittipaldi,
Abílio Diniz, Totó Porto, Ubaldo César Lolli e muitos outros.
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1965 - GP IV
Centenário do Rio de Janeiro |
Em 1965
participando do “GP IV Centenário do Rio de Janeiro” e estando em
boa colocação seu carro, uma Alfa Romeo GTZ para no final da ultima
volta, ele estava a 2 quilômetros da linha de chegada e não teve
duvidas, desceu e começou a empurrar o carro para classificar-se,
minutos depois ele cruza a linha de chegada, 14º lugar, mas 5º na
categoria, Chico Landi que estava em meio a uma discussão sobre a
validade da vitória de Camillo, parou e foi cumprimentá-lo:
“- Um gesto desse
só podia partir de você, Piero.”
(4 Rodas - 10/1965)
Ainda em 1965, na
“VII Mil Milhas Brasileiras” correndo em parceria com Ruggero
Peruzzo, após problemas com o tanque de gasolina tiveram o motor
fundido na volta 159, como a prova teria 201 voltas passou a dividir
o outro carro da equipe com a dupla Marivaldo Fernandes e
Emilio Zambello, e nesse carro chegou em 5º lugar na geral e 4º na
categoria Turismo Força Livre, com o outro carro ficou com o 16º
lugar na geral, classificado pelo número de voltas completadas.
Foi o primeiro
campeão na categoria Turismo acima de
1.3cc
no Campeonato Brasileiro quando este foi
instituído em 1966 e que era para ser composto de 9 etapas, mas
acabou contando pontos de apenas 3 provas: “II Mil Quilômetros de
Brasília”, “IX 500 Quilômetros de Interlagos” e “I Mil Quilômetros
da Guanabara”.
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1965 - 3 Horas de Velocidade
Na sequência: Piero, Marinho e Bird Clemente |
Alfa-Romeu Giulia TI usada para vencer o
Campeonato Brasileiro de 1966 |
Piero Gancia “descansa” em sua casa após
o campeonato de 1966 |
1967 - Piracicaba (SP), DKW de Jan Balder
e Piero na Alfa GTA mº 23 ultrapassando a Alfa Giulia nº
25 de Zambello |
Na “IX Mil Milhas Brasileiras” em 1967, estava inscrito em dupla com
Emilio Zambello mas na semana dos treinos voltando para casa
de
táxi-mirim (como eram chamados os táxis Volkswagen) este sofreu um
acidente: numa “barbeiragem” do motorista o carro capotou na rua
Guianas e Piero machucou seriamente a mão além de levar alguns pontos na
cabeça. Sem condição de correr foi substituído por Ubaldo César Lolli.
Retornou em 1968 já
com uma vitória na prova realizada na Rodovia do Xisto (PR), depois
correu o “IV Mil Quilômetros de Brasília” ao lado de
Francisco
Lameirão, quase dois meses depois participou com
Emilio Zambello da
“I 500 Milhas da Guanabara” mas não foram bem, depois do Rio foram para
a Bahia, onde na prova “I 500 Quilômetros de Salvador” se
reencontraram com a vitória.
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1968 - Paraná Piero “tocava” a de nº 23
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1968 - I 500 Milhas da
Guanabara |
1968 - I 500
Km de Salvador com Emilio Zambello na Alfa GTA |
1968 - Alfa GTA: Ubaldo C. Lolli (camisa escura), Emílio
Zambello (semi-encoberto), Carlo Gancia, Jan Balder e
Piero Gancia |
Em 1969 participou
de apenas duas provas de longa duração ao lado de outros parceiros,
em 1970 fez 3 vezes dupla com Jose Renato “Tite” Catapani e voltou a
fazer dupla com Emilio na “IV 24 Horas de Interlagos”.
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1970 - X Mil
Milhas Brasileiras - Após acidente Pára-brisa quebrado e
pára-lama amassado |
Na “X Mil
Milhas Brasileiras” em 1970 correu em dupla novamente com “Tite” Catapani ao volante de uma Alfa GTA, nessa prova,
com duas
horas e vinte minutos de corrida aconteceu um trágico acidente, o VW
de Cleide
Vieira capotou na curva da Ferradura, várias pessoas querendo ver de
perto o acidenta atravessaram a pista na Curva do Laranja, mas um
jovem (20 anos) o fez bem na frente da Alfa GTA de Piero Gancia e
este a uns 150 Km/h, além do problema da visibilidade, não
teve como frear ou desviar e atropelou o rapaz, com isto teve
quebrado o pára-brisas e amassado o pára-lamas dianteiro esquerdo,
outros carros que vinham em seguida passaram por sobre o corpo.
A dupla, apesar do acidente ainda terminou a prova em 4º lugar.
"- Estou
efetivamente abalado. Nunca tive acidente desse gênero. Este
aconteceu as duas horas da madrugada e era péssima a visibilidade. O
corpo do moço arrebentou meu pára-brisa e tive de parar no box. A
batida foi espantosa."
- Jornal dos Sports (RJ)
Foi esse acidente que
detonou sua vontade de parar, afinal já eram mais de 50
participações em provas, mesmo tendo chegado em 4º lugar na geral e 2º na
categoria Divisão 3. Depois só voltou a competir em 1971, oito meses
depois, na prova “IV 6 Horas de Interlagos”, mas não terminou, um
cilindro quebrado o tirou da prova.
Já pensava em parar
de correr depois do acidente,
então quando anunciaram a proibição dos carros importados de correr,
tomou definitivamente a decisão de encerrar sua carreira e parou em
1971 aos 49 anos, após mais de 50 participações em provas pelo
Brasil inteiro.
Sempre correndo de
Alfa-Romeo, elegante, porte de nobreza, educado, fino, inteligente,
ganhou uma companheira nas pistas, a própria esposa, Lulla Gancia,
ela, após umas aulas com o marido começou também a correr em 1963,
esporadicamente, nunca formaram dupla nas pistas. Um dos fatos de
que Piero muito se orgulhava é de ter disputado contra o lendário
Chico Landi, um de seus ídolos, e vencido.
Além da sociedade
com Emilio na Jolly Automóveis, os dois compraram em 1974 uma
fábrica de rodas de alumínio, logo rebatizada como “Metalúrgica
Jolly”.
Em 1987 dividiram a
sociedade, Piero ficou com a Jolly Automóveis, que já contava com 3
lojas: Av. Consolação, Av. Sumaré e Av. Miruna, todas em São Paulo,
onde continuou por mais dois anos aproximadamente e Emilio ficou com
a Metalúrgica Jolly.
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Premiação
APVC de 1965 |
Mesmo depois de
parar de correr sempre continuou ligado ao universo automobilístico,
já havia sido presidente da APVC (Associação Paulista de Volantes de
Competição) de 1965 a 1966, quando ainda corria, e em 1987 foi
eleito presidente da C.B.A. (Confederação Brasileira de
Automobilismo), onde ficou de 1988 à 1990.
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1988 - Piero
e Luiza Erundina
Reparem o desenho de como seria Interlagos |
Como presidente da
CBA, Piero ajudou a prefeitura de São Paulo na reforma do autódromo
de Interlagos e a levar o G.P. de Fórmula 1 de volta à São Paulo.
Era também membro da Comissão de F1 da F.I.A., na França, e sua ajuda
foi decisiva: viajou à Paris, convenceu Jean Marie Ballestre (então
presidente da F.I.A.) que seria melhor levar a competição para São
Paulo, pois o Rio de Janeiro não oferecia mais segurança para os
pilotos e conforto para o público, e não tinha intenções de investir
na melhoria das condições do autódromo. Tão eufórico ficou com a
aprovação que emocionado ligou imediatamente da França, madrugada no
Brasil, acordando a então prefeita de São Paulo, Luiza Erundina,
para avisar que estava tudo acertado.
”- Eu
estava tão eufórico que nem me dei conta do fuso horário, foi uma
deselegância”.
Nessa empreitada contou com a colaboração de Tamas Rohonyi,
representante de Bernie Ecclestone no Brasil, com isso em dezembro
de 1989 deu-se início a uma grande reforma no autódromo, quando foram
construídos 23 novos boxes, sala de imprensa, torre de
cronometragem, centro médico e a pista foi reduzida para 4.325 m.
Graças a Piero Gancia o Brasil e São Paulo fazem parte do calendário
da F1.
Piero foi o
primeiro representante do grupo Ferrari no Brasil, conseguiu a
autorização com o comendador Enzo Ferrari em pessoa. Nos anos 70,
muito embora a importação fosse proibitiva devido à elevada alíquota
de importação, ele ainda assim trazia os esportivos para o país.
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2006 - Com
Silvio Zambello
500 Km de São Paulo |
Por volta de 1970,
em função da fusão da Martini com a Gancia na Itália, Piero passou a
presidente da Martini-Rossi no Brasil, cargo que exerceu por 25
anos. Foi eleito vice-presidente do Automóvel Clube Paulista, e
também foi presidente do Fã Clube Ferrari do Brasil.
Seu filho Carlo
Gancia participou ativamente da ida de José Carlos Pace, Nelson
Piquet, Paulo Carcasci, Pedro Paulo Diniz à Europa e também de Vitor
Meira, Affonso Giaffone e Hélio Castro Neves aos EUA. Foi sócio da
Forti Corse e da Forti F-1 (1995 e 1996), membro do Conselho Mundial
da FIA e representante da IRL e da Indianápolis Motor Speedway para
o Brasil e para a Europa.
Como se vê, o nome Gancia está estreitamente ligado ao automobilismo
brasileiro.
Acometido do Mal de Alzeimer, Piero sofreu com a doença por pouco
mais de dois anos, vindo a falecer no dia 1 de novembro de 2010, aos
88 anos e dois meses.
Participações em provas
(com
a colaboração
de Napoleão Ribeiro)
25/01/1962 - I 12 Horas de Interlagos/SP - Com Celso Lara Barberis
- Alfa Romeo Giulietta nº 25 - 1290cc -
5º na geral e
2º n cat. T-1.3
-
estréia de Piero Gancia
07/04/1962 - I Prêmio Aniversário
ACESP - Interlagos/SP - Alfa Romeo Giulietta nº 25 - 1290cc -
T-1.3 2º Lugar
30/09/1962 - I 6 Horas da Guanabara - Barra da Tijuca/RJ - FNM 2000 JK
nº 25 - 1975cc -
T+1.3 AB
08/12/1962 - I 500 Milhas de Interlagos/SP -
Com Emílio Zambello - FNM 2000 JK nº 25 - 1975cc -
T+1.3 AB
10/03/1963 - II 12 Horas de Interlagos/SP - Com Emílio Zambello/Ruggero Peruzzo/Guilherme Leão
- Alfa Romeo Giulietta TISS nº 25 - 1570cc -
14º na geral e 8º na cat. T+1.3
28/07/1963 - VIII Circuito de Petrópolis/RJ - FNM 2000 JK
nº 25 - 1975cc -
T+1.3 AB
01/09/1963 - II 3 Horas de Velocidade - Interlagos/SP - Alfa Romeo Giulietta SV
nº 28 - 1290cc -
8º nageral e 2º na cat. T+1.3
13/10/1963 - I 100 Milhas de Interlagos/SP - Alfa Romeo Giulietta TISS
nº 25 - 1570cc -
3º na geral e 1º na cat. T-2.0
10/11/1963 - I 1500 Quilômetros de Interlagos/SP - Com Emílio Zambello
- Alfa
Romeo Giulietta TISS nº 25 - 1570cc -
T-1.6 2º Lugar
10/05/1964 - I 3 Horas da Barra - Barra da Tijuca/RJ Alfa
Romeo Giulia TIS nº 28 - 1570cc -
T+1.3 1º Lugar
24/05/1964 - II 12 Horas de Brasília/DF - Circuito Trampolim do Eixo -
Com Emílio Zambello - Alfa Romeo Giulia TIS nº 28 - 1570cc -
6º na geral e 3º na cat. T+1.3
05/07/1964 - GP Vitória da Democracia - TFL - Interlagos/SP - Alfa Romeo Giulia TIS
nº 28 - 1570cc -
TFL 3º Lugar
19/07/1964 - I 6 Horas de Interlagos/SP - Com Emílio Zambello - Alfa Romeo Giulia
TIS nº 28 - 1570cc -
T+1.3 2º Lugar
30/08/1964 - III 3 Horas de Velocidade - Interlagos/SP -
Com Emílio Zambello - Alfa Romeo GTZ nº 25 - 1290cc -
5º na geral e 3º na cat. T-1.3
07/09/1964 - VII 500 Quilômetros de Interlagos/SP - Com Emilio
Zambello - Alfa
Romeo GTZ nº 25 - 1290cc -
21º na geral e 10º na cat. T-1.3
10/10/1964 - I Prêmio Simon Bolivar - Interlagos/SP -
Com Emilio Zambello - FNM 2000 JK nº 25 - 1975cc -
7º na geral e 3º na cat. T+1.3
27/03/1965 - II 1600 Km de Interlagos/SP - Com Emílio Zambello - Alfa Romeo Giulietta TISS
nº 25 - 1570cc -
5º na geral e 4º na cat.T-1.6
26/04/1965 - III 12 Horas de Brasília/DF - Trampolim do Eixo -
Com Emílio Zambello - Alfa Romeo GTZ nº 25 - 1290cc -
17º na geral e 7º na cat. T-1.3
23/05/1965 - III 12 Horas de Interlagos/SP - Com Emílio Zambello - Alfa Romeo GTZ
nº 28 - 1290cc -
3º na geral e 2º na cat. T-1.3
20/06/1965 - II 6 Horas de Interlagos/SP -
Com Emílio Zambello - Alfa Romeo GTZ nº 28 - 1290cc -
4º na geral e 2º na cat. T-1.3
15/08/1965 - I GP Rodovia do Café/PR - Curitiba-Apucarana-Curitiba - Alfa Romeo GTZ
nº 28 - 1290cc -
6º na geral e 1º na cat. T-1.3
08/09/1965 - I Circuito de Vitória/ES - Alfa Romeo GTZ
nº 28 - 1290cc -
T-1.3 AB
19/09/1965 - I GP IV Centenário do Rio de Janeiro - Barra da Tijuca/RJ - Alfa Romeo GTZ
nº 28 - 1290cc -
14º na geral e 5º na cat. T-1.3
24/10/1965 - IV 3 Horas de Velocidade - Interlagos/SP -
Com Ruggero Peruzzo - Alfa Romeo Giulia TIS nº 23 - 1570cc -
T+1.3 2º Lugar
27/11/1965 - VII Mil Milhas Brasileiras - Interlagos/SP - Com Ruggero Peruzzo
- Alfa Romeo Giulia TIS nº 23 - 1570cc -
16º na geral e 10º na cat. TFL
Motor fundido na volta 150 -Passaram a guiar
junto com
Marivaldo Fernandes e Emilio Zambello a Alfa Romeo Giulia n°
25,
e nesse carro chegaram em 5° Lugar
19/12/1965 - 250 Milhas de Interlagos/SP -
Com Emilio Zambello - Alfa Romeo Giulia TIS nº 25 - 1570cc -
6º na geral e 4º na cat. TFL
20/03/1966 - Prêmio APVC - Grupo III - Interlagos/SP - Alfa Romeo Giulia
TIS nº 23 - 1570cc -
12º na geral e 2º na cat. T+1.3
21/04/1966 - III Etapa do Campeonato Paulista - G III -
Interlagos/SP - Alfa Romeo Giulia TIS nº 23 - 1570cc -
T+1.3 1º Lugar
21/04/1966 - III Etapa do Campeonato Paulista - TFL - Interlagos/SP
- Alfa Romeo Giulia TIS nº 23 - 1570cc -
TFL 2º Lugar
01/05/1966 - II Mil Km de Brasília/DF - Eixo Monumental -
Com Marivaldo Fernandes - Alfa Romeo Giulia TIS nº 23 - 1570cc -
T+1.3 1º Lugar
28/05/1966 - III 24 Horas de Interlagos/SP - Com Marivaldo Fernandes
- Alfa Romeo Giulia TIS nº 23 - 1570cc -
T+1.3 2º Lugar
12/06/1966 - GP IV Aniversário APVC - TFL - Interlagos/SP - Alfa Romeo Giulia TIS
nº 23 - 1570cc -
TFL 3º Lugar
03/07/1966 - Prêmio Aniversário ACESP - Turismo G-V - Interlagos/SP
- Alfa Romeo Giulia TIS nº 23 - 1570cc -
T+1.3 1º Lugar
10/07/1966 - GP Governador Negrão de Lima - Jacarepaguá/RJ - Alfa Romeo Giulia TIS
nº 23 - 1570cc -
3º na geral e 1º na cat. T+1.3
07/09/1966 - IX 500 Km de Interlagos/SP - Alfa Romeo Giulia
TIS nº 23 - 1570cc -
3º na geral 1º na cat. T+1.3
19/11/1966 - VIII Mil Milhas Brasileiras - Interlagos/SP -
Com Emilio Zambello - Alfa Romeo Giulia TIS nº 23 - 1570cc -
TFL AB
- Junta de cabeçote
queimada.
18/12/1966 - I Mil Km da Guanabara - Jacarepaguá/RJ - Com Emilio
Zambello - Alfa Romeo Giulia
TIS nº 23 - 1570cc -
6º na geral e 1º na cat. T+1.3
19/03/1967 - IV 12 Horas de Interlagos/SP -
Com Emílio Zambello - Alfa Romeo GTA nº 23 - 1570cc -
15º na geral e 5º na cat. T+1.3
23/04/1967 - III Mil Km de Brasília/DF - Eixo Monumental -
Com Emílio Zambello - Alfa Romeo GTA nº 23 - 1570cc -
21º na geral e 16º na cat. TFL
06/08/1967 - VII Circuito de Piracicaba - GV - Piracicaba/SP - Alfa
Romeo GTA nº 23 - 1570cc -
T+1.3 1º Lugar
06/08/1967 - VII Circuito de Piracicaba/SP - Alfa Romeo GTA nº 23 -
1570cc -
TE 1º Lugar
27/08/1967 - VI 3 Horas de Velocidade - Interlagos/SP - Alfa Romeo GTA
nº 23 - 1570cc -
TE 1º Lugar
21/10/1967 - I 300 Km de Goiânia/GO - Avenida Anhanguera -
Alfa Romeo Giulia TIS nº 25 - 1570cc -
3º na geral e 1º na cat. T+1.3
Reformas em Interlagos - 1968/69
24/03/1968 - Prova Governador Paulo Pimentel - Autódromo de Pinhais/PR
-
Alfa Romeo GTA nº 23 - 1570cc -
TFL 1º Lugar
14/04/1968 - IV Mil Km de Brasília/DF - Eixo Monumental -
Com Francisco Lameirão - Alfa Romeo GTA nº 23 - 1570cc -
4º na geral e 2º na cat. TFL
30/06/1968 - I 500 Milhas da Guanabara - Jacarepaguá/RJ
- Com Emilio Zambello - Alfa Romeo GTA nº 25 - 1570cc -
24º na geral e 8º n cat. TM
25/08/1968 - I 500 Km de Salvador/BA - Av. Centenário - Com Emilio
Zambello - Alfa
Romeo GTA nº 23 - 1750cc -
TFL 1º Lugar
08/12/1968 - II Mil Km da Guanabara - Jacarepaguá/RJ -
Com Mario Olivetti - Alfa Romeo GTA nº 23 - 1570cc -
TM 2º Lugar
10/08/1969 - II 500 Km de Salvador/BA - Av. Centenário - Com Ubaldo
Cesar Lolli - Alfa
Romeo GTA nº 23 - 1570cc -
3º na geral e 2º na cat. TFL
13/12/1969 - III Mil Km da Guanabara - Jacarepaguá/RJ -
Com José Ramos - Alfa Romeo GTA nº 23 - 1840cc -
2º na geral e 1º na cat. TFL
19/04/1970 - VI Mil km de Brasília/DF - Eixo Monumental -
Com José Renato "Tite" Catapani - Alfa Romeo GTA nº 94 - 1290cc -
6º na geral e 3º na cat. Div.3
01/05/1970 - I Etapa do Torneio Sulamericano - Interlagos/SP -
Com José Renato "Tite" Catapani - Alfa
Romeo GTA nº 94 - 1570cc -
Gr.2 1º Lugar
03/05/1970 - 200 Milhas de Interlagos/SP - Com José Renato "Tite"
Catapani - Alfa Romeo GTA nº 94 - 1570cc -
Gr.2 3º Lugar
24/05/1970 - IV 24 Horas de
Interlagos/SP - Com Emílio Zambello - FNM 2000 JK nº 25 - 2150cc -
5º na geral e 3º na cat. T-3.0
22/11/1970 - X Mil Milhas Brasileiras - Interlagos/SP - Com José
Renato "Tite" Catapani - Alfa Romeo GTA nº 94 - 1840cc -
4º na geral e 2º na cat. Div.3
-
04/07/1971 - IV 6 Horas de Interlagos/SP - Alfa Romeo GTA
nº 23 - 1840cc -
Div.5 AB
- Cilindro quebrado.
Lulla Gancia
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Lulla e Alfa Giulia
em 1967 |
Amália (Lulla) Gancia nasceu na
Itália, na cidade de Torino, e lá conheceu e se casou com Piero, e,
já com o primeiro filho, veio para o Brasil em 1953, um ano após o
marido.
No início da carreira de
Piero Lulla se opôs à loucura do marido, até o dia que Piero a
convenceu a dar uma volta na pista de Interlagos. A partir
daquele dia Lulla sempre
acompanhou Piero nas corridas, tomou gosto, e após umas aulas
com o marido começou a correr.
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Fiat Abarth - Brasilia/66 |
Não fez muitas provas, pois além de
não haver muitas provas femininas não era sua pretensão desenvolver
uma carreira, só participar daquele universo.
Sua participação foi tão efetiva que foi eleita como vice-presidente
da APVC em 69. E foi graças ao seu esforço que Interlagos passou por
uma grande reforma, sendo reinaugurado em 29 de fevereiro de 1970, com
uma prova internacional de Fórmula Ford.
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Prova do Baton - 1963
Ao centro, a então primeira dama do estado (SP):
Leonor Mendes de Barros/1963 |
Provas que participou
(só foi possível
levantar quatro)
Prova do Batom
(14/12/1963) Alfa Romeo Giulietta -
3° Lugar
I G.P. Rodovia do Café - Curitiba/Apucarana/Curitiba - PR (15/08/1965)
Alfa Romeo Giulia -
Abandono por capotamento no Km. 56
Prova 4° Aniversário APVC (11/06/1966) Fiat Abarth
-
Abandono por pane elétrica.
1000 Quilômetros de
Brasília (01/05/1966) com Felice Albertini -
Fiat Abarth -
5° Lugar
Felice era motorista particular de Piero e vez ou outra também corria.
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Anos mais
tarde ao lado da Alfa Giulietta com que estreou em 1963 |
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