Catharino
Andreatta, filho primogênito do comerciante Vittório Andreatta
(italiano) e de Dna. Celanira Andreatta (paraguaia). Nasceu em 25 de
outubro de 1911 na cidade de Porto Alegre (RS) e teve quatro irmãos,
sendo um deles Júlio e também Doro e Jacy.
Seu pai, imigrante italiano, passou pelo Paraguai antes de chegar ao
Brasil e lá conheceu Dna. Celanira, que tinha descendência indígena.
Casaram-se e foram morar em Porto Alegre. Aqui Vittório abriu uma
empresa de transporte com grandes carroções puxados por burros,
mudando em 1928 para movidos a gasolina quando comprou as primeiras
caminhotes Modelo A e Modelo T.
Como a família morava no bairro São João dos Navegantes e estudou no
Colégio Nossa Senhora dos Navegantes próximo à sua casa, em seguida
passou para uma das melhores instituições de ensino da capital
gaúcha, o Instituto Porto Alegre (IPA).
Antes mesmo de terminar os estudos Catharino começou a trabalhar aos
17 anos, em 1928, na transportadora, sempre envolvido na oficina
tornou-se um especialista na mecânica dos Ford’s que cruzavam a
cidade e o estado em difíceis estradas que tanto exigiam das
suspensões, freios e carburadores. Aí começou sua paixão pelo
automóvel, aprendeu a dirigir com os mecânicos de seu pai. Naqueles
tempos, década de 30, as corridas já eram uma tradição gaúcha e
Catharino, começou a alimentar um sonho, participar das corridas de
carro. Mas foram 9 anos de aprendizado até se sentir pronto. Durante
esse período
casou-se em 1933 com Dna. Nair Giunta,
com quem teve quatro filhos, entre eles
Vitório Andreatta (1942),
que seguiu seus passos no automobilismo.
Apoiado e incentivado pelo pai, transformou uma caminhote Ford
Modelo A 1928 em um carro de corrida. Com esse carro fez sua
primeira prova em 1937 quando tinha 26 anos, “Circuito Cidade de
Venâncio Aires”, chegou em 2º lugar, o que entusiasmou muito pai e
filho, pois o vencedor havia sido ninguém menos que
Norberto Jung, o
melhor piloto gaúcho da época.
Nesse ano participou ainda da “II Subida da Montanha”
em 7 de novembro com Ford V8 n° 64 onde foi 2º colocado na 5ª série
(agosto)
1938: Participou de 2 provas:
Prova Subida da Montanha em Porto Alegre - 1° lugar
Circuito do Cristal (Grande Premio Folha da Tarde) - Abandono - Ford
V8 n° 20 (abril)
1939: “Prova Porto Alegre-Tramandai” (122 Km) foi 2º lugar na Cat.
Força Livre com Ford V8 n° 6 (dezembro)
Com seu apoio e incentivo o seu irmão Júlio Andreatta participou do
“Circuito de Venâncio Aires” em janeiro, chegando em 3 ° lugar.
Devido aos bons resultados, competência e habilidades, os irmãos
foram convidados a integrar a Scuderia Galgos Brancos que tinha
oficina no bairro Navegantes. Formada em 1935 por
Norberto Jung, e
os pilotos Olyntho Pereira, Oscar Bins e João Caetano Pinto, foi a
segunda do Brasil, antes havia a “Escuderia Excelsior” (SP) onde
participaram, entre outros, os irmãos Quirino e
Chico Landi.
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Anos 30 - Prova
indefinida
Fonte: Wikipedia |
1938 - Circuito
do Cristal
Automobilismo Gaucho - Levantando Poeira |
1939 - Porto
Alegre-Tramandai
Automobilismo Gaucho - Levantando Poeira |
1940: “Raid Rio-Porto Alegre”, - Abandono - Ford V8 n° 42 (novembro)
“Andreatta, que vinha cumprindo destacada performance, foi obrigado
a parar defronte a Prefeitura Municipal (Blumenau - SC), por defeito
mecânico em seu carro. Andreata trabalha ativamente para reparar a
máquina, pois vinha em primeiro.” - Diário de Notícias (17/11/1940)
1941: “Circuito da Charqueada”, em Cacheira do Sul (RS), com Ford
Mercury nº 8, em disputa com Norberto Jung pela vitória Catharino
teve um pneu estourado na 8ª volta, abandonando a prova. (março)
Nesse ano aconteceram muitas chuvas e inundações que deixaram 40 mil
desabrigados, então a Associação dos Volantes, o Touring Club e o
jornal Folha da Tarde promoveram uma prova no "Circuito do Cristal" em
beneficio dos desabrigados, adiada diversas vezes por causa das
chuvas, acabou sendo realizada em 29 de junho, mesma data em que se
encerrava a “Prova Getúlio Vargas”, motivo pelo qual nenhum piloto
gaúcho participou do evento nacional.
“Circuito do Cristal” - 3º lugar - Ford Mercury n° 46 (junho)
1942:
Nasceu seu filho Vitório Andreatta, em 11 de janeiro, que também se
tornaria piloto de automobilismo, e dos bons.
“Circuito de Vacaria” - 1° lugar com Ford n° 4 (fevereiro)
1943: A crise gerada pela Segunda Guerra Mundial levou o governo a
proibir a circulação de veículos movidos a gasolina, a saída foi
usar o gasogênio como combustível, inclusive nas corridas.
Gasogênio é o nome do combustível, obtido pela queima de carvão, ou
lenha, gerado num aparelho preso na traseira dos automóveis, era
chamado de “gás pobre”.
“I Circuito Cristal” (gasogênio) 1º lugar Ford com gasogênio Rimoli
n° 24 (julho)
Veja um filme dessa corrida, a 1:40m. dá para ver o carro de
Catharino e no final a bandeirada da vitória.
1944: Nesse ano a Scuderia Galgos Brancos passou para os fundos do
posto de gasolina de Catharino, na Av. Cairu, zona Norte de Porto
Alegre.
“II Circuito do Cristal” (gasogênio) 1º lugar Ford com gasogênio
Rimoli n° 24 (setembro)
“II º Circuito da Amendoeira” (RJ), 1° lugar - Ford com gasogênio
Rimoli n° 42, com Gino Bianco em segundo. No sorteio dos números
Catharino ficou em ultimo, entre 21 pilotos, e para surpresa geral
ao fim dos 2.300 metros da primeira volta já passou em primeiro,
posição que manteve as 35 voltas do circuito.
Vice-Campeão Brasileiro nas provas a gasogênio;
Chico Landi foi o
campeão por ter participado de mais provas.
Os irmãos assumiram a transportadora que passou a se chamar
“C.Andreatta & Irmão”, até 1962 quando fecharam.
1945: - Provas:
“Prova Rio– Petrópolis” (RJ) -1º
lugar - Ford com gasogênio Rimoli, com o carioca
Henrique Casini em 2º depois de uma disputa
emocionante pelos 34 km da serra e em 3º lugar o também gaúcho José
Rimoli. (Março)
"Circuito de Macaé" (RJ) - 4º lugar - Ford com gasogênio (junho)
1946: “Prova Rio– Petrópolis” (RJ): Ford com gasogênio Rimoli -1º
lugar com José Rimoli em 3º lugar
1948: Como seu irmão, Catharino também era proprietário de cavalos
de corrida, paixão que os dois herdaram do pai, noticia no Jornal do
Dia (18/3/48) dava conta que Catharino estava recebendo a renovação
de sua matricula de tratador.
Passados os horrores da guerra o automobilismo gaúcho voltou
ao normal, mas sem seu maior ídolo, Norberto Jung abandonou as pistas
após um acidente de transito onde perdeu um dos braços, sem
abandonar, no entanto, o automobilismo. Catharino, já consagrado
como piloto, assumiu a posição de líder da Scuderia Galgos Brancos.
Em 16 de maio no “I Circuito Parque Farroupilha” participou da prova
para automóveis de 1.301 a 2.000cc. com um Citroën, mas não concluiu
a prova:
“... No entanto, ao fazer a curva da Avenida João Pessoa com a
Avenida José Bonifácio, Catharino sofreu violenta derrapagem que o
impediu de continuar... em segundo entrou Júlio Andeatta...”
- Jornal do Dia (18/05/1948)
26 de setembro: “Copa Rio Grande do Sul” - com Ford Coupe 1940 n° 2,
carretera que recebeu o nome de “Brigitte”. Participaram 28 carros
numa distância de 760 Km de estradas de chão com saída de Porto
Alegre e passando pelas cidades de São Leopoldo, Caxias do Sul,
Vacaria, Lagoa Vermelha e Passo Fundo, onde pilotos e carros paravam
para descanso, consertos e reabastecimento. Dali partiram para Porto
Alegre passando por Marau,
Guaporé, Bento Gonçalves, Farroupilha, São Sebastião do Caí e
finalmente Porto Alegre. Catharino não concluiu a prova.
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1948 -
Circuito Parque Farroupilha
Jornal Zero Hora (RS) |
1948 - Copa
Rio Grande do Sul
Automobilismo no Tempo das Carreteras |
1949:
Montou o primeiro Haras para criar os seus cavalos, "Stud Rio
Branco", licença concedida pela Comissão de Corridas do Jockey Club
em 5/7/49 nome que foi mudado no mesmo ano para "Studio Budapeste"
A Associação Rio-Grandense de Volantes (ARVO) foi fundada em
junho de 1949 e Catharino fazia parte da primeira diretoria, era o
segundo tesoureiro.
“I Circuito Pedra Redonda” - 4º lugar com Ford Mercury n° 28 (novembro)
“Prova Washington Luiz” (SP) - Catharino venceu com Ford Mercury n°
2, sendo aclamado pelo Automóvel Clube do Brasil como o Campeão
Brasileiro de Estradas.
Chico Landi sofreu um acidente nessa prova
com uma vitima fatal
(dezembro)
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1949 - Circuito
Pedra Redonda
Automobilismo no Tempo das Carreteras |
1949 -
Prova Whasington Luiz
Automobilismo Gaucho - Levantando Poeira |
1949 - Fangio, Bertuol e Catharino
em dezembro
Fone : Internet |
1950 -
Provas:
“Circuito da Zona Sul” - Ford 1940 n° 46 - não concluiu (maio)
“II Circuito Pedra Redonda” - 1º lugar - Ford 1940 (agosto)
1951, participou de 6 provas:
“Prova Porto Alegre-Capão da Canoa” (150 Km) - Ford 1940 - 3º lugar
(fevereiro)
Corrida em Piriápolis (URU) Ford 2º lugar (maio)
“I Circuito do Nordeste” (Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Vacaria,
Antonio Prado, Farroupilha, Caí) Ford 1940 - 2º lugar (junho)
“I Circuito Boa Vizinhança” - Ford 1940 - 3º lugar (julho)
“24 Horas de Interlagos Mercedes Benz” - Corrida
monomarca com carros
Mercedes mod. 170D. Em dupla com Aristides Bertuol fundiram motor na
11ª volta. Quando Gino Bianco capotou na volta 20ª cedeu o motor de seu carro para
a dupla gaúcha, que acabou em 13º lugar (agosto)
“III Circuito Pedra Redonda” - Ford 1940 - não concluiu (agosto)
“Prova Norberto Jung” (Erechim, Cruz Alta, Passo Fundo) Ford1940 - 3º
lugar (setembro)
“Grande Prova Getúlio Vargas” - Ford 1940 - 8º lugar na geral, mas
venceu a 3ª etapa (Belo Horizonte-Rio). (novembro)
“Prova Rio Grande do Sul” - Interlagos (SP) 3º lugar com carretera
Ford - Só para carros e pilotos que disputaram a “Prova Getúlio
Vargas”
Em 1952 a ARVO lançou o 1º Campeonato Gaúcho de Automobilismo
e “a numeração dos carros foi feita de acordo com a
preferência dos
pilotos...” Catharino escolheu o nº 2 (para o ano todo). O
campeonato começou com o “Circuito Praias do Atlântico”, onde chegou
em o 2º lugar com sua carretera Ford Coupe1940 (fevereiro);
3º no “I Grande Premio Encosta da Serra” com carretera Ford Coupe1940 nº
2;
1º lugar no “I Circuito do Litoral” (Pelotas, Guaiba, Pelotas - 566
km) com carretera Ford Coupe1940 nº 2 (abril);
3º colocado com sua carretera no “I G.P. Cidade de Porto Alegre” no
circuito dos Farrapos (julho);
“III Prova Crônica Esportiva Paulista” - Interlagos (SP) - 6º lugar
com Maserati. Sua primeira corrida com um carro de corrida tipo
Grand Prix (agosto)
O “Jornal do Dia” de 11 de setembro trazia a manchete:
“Os irmãos
Andreatta abandonarão o automobilismo” sem dar detalhes. Felizmente
esse fato não se concretizou.
No "I Circuito do Alto Taquari", 472 km, com a largada em Encantado,
passando por Arroio do Meio, Lajeado, Venâncio Aires, Santa cruz do
Sul, Rio Pardo, Cachoeira do Sul e de volta para Encantado pelo
mesmo percurso, foi 2º colocado (outubro);
“II Circuito da Boa Vizinhança”, Abandonou - Prova onde chegou
disputando o campeonato com Diogo Ellwanger, era a ultima do ano e
acabou como vice-campeão. (dezembro).
"IV Circuito Automobilístico Cidade de Petrópolis" (RJ) - Depois de
um disputa acirrada com o carioca Henrique Casini ficou em 2º lugar
com a Maserati que havia comprado de Francisco Marques (dezembro)
1952 - I Prova
Alto Taquari -
Fonte: https://carrosantigos.wordpress.com |
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Chegando para a
prova |
Alinhado para a
largada |
Em ação na prova
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“...valendo-se da amizade que desfruta com os volantes gaúchos
Aristides Bertuol e Catharino Andreatta, o conhecido volante
Pinheiro Pires, um dos mais entusiastas do auto esporte carioca,
telefonou para Porto Alegre fazendo sentir aos volantes sulinos o
prazer com que seriam recebidos aqui para participarem da corrida do
dia 7 de dezembro na Quinta da Boa Vista. Tanto Catharino que
adquiriu a Maserati que pertenceu à Francisco Marques como Aristides
Bertuol, que pilotará um carro Maserati Milan, da Escuderia
Bandeirantes, prontificaram-se a vir correr...” - Jornal dos Esportes-RJ (13/11/1952)
O convite era para a prova “Taça Francisco Alves” em homenagem ao
famoso cantor popular falecido pouco antes num acidente de carro,
mas a corrida não se realizou e acabaram participando do “XII
Circuito da Gávea” (RJ), em 14 de dezembro, onde correram com os
carros: Maserati n° 8 (Catharino), e Maserati n° 14 (Bertuol). Essa
foi uma “Gávea Nacional”, só com pilotos brasileiros. Chovia muito e
na quarta volta Catharino derrapou no piso de paralelepípedos e
bateu num poste, Aristides Bertuol derrapou pouco depois, na 13ª
volta, e bateu exatamente no mesmo local em que seu conterrâneo
havia batido, só que atingindo 3 espectadores. Vejam detalhes dos
acidentes (aqui)
e (aqui).
Chico Landi também
se acidentou nessa prova.
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Antes da prova
Fonte: Circuitos de Rua 1908-1958 |
Acidente com
Catharino, saindo do carro
Arquivo Publico do Est. de São Paulo - Ultima Hora (RJ) |
Acidente com
Aristides Bertuol no mesmo local
Arquivo Publico do Est. de São Paulo - Ultima Hora (RJ) |
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Percurso da
prova |
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Maserati de
Catharino |
1953 -
Provas:
“I Prova Antoninho Burlamaque” - 2º lugar com Ford n° 2 (março)
“Circuito Alvorada” em Bagé - 3º lugar com Ford n° 2 (março)
“II Circuito Encosta da Serra” - 3º lugar com Ford n° 2 (abril)
“IV Circuito Parque Farroupilha” - participou, mas não terminou a
prova. (junho)
"I Circuito do Fumo" Sta. Cruz do Sul - 8º lugar com carretera Ford
n° 2 (novembro)
“Grande Premio Hector Suppici Sedes” em Piápolis (URU) - 1º lugar
com carretera Ford n° 2 (dezembro)
Por iniciativa de José Rimoli, seu presidente, a ARVO foi extinta e
em seu lugar foi criado o Automóvel Clube do Rio Grande do Sul em 17
de junho e o Grêmio Football Porto-alegrense fundou seu Departamento
de Automobilismo e Catharino foi seu primeiro presidente. Logo após
a fundação realizaram a prova "Quilômetro Lançado", Catharino não
participou, mas seu irmão Julio venceu na categoria "N".
No
aniversário de 50 anos do Grêmio foi realizada uma prova para carros
modelo Grand Prix (25/10/1953), a primeira no estado, vieram pilotos do Rio de
Janeiro: Henrique Casini, Benedicto Lopes (nascido em Campinas (SP),
mas radicado no Rio), Artur de Souza Costa (gaúcho radicado no Rio)
e Gino Bianco; de São Paulo: Jair de Melo Vianna,
Luiz Valente e
Raphael Gargiulo; do Uruguai: Astrubal Fontes e Oscar Gonzales; mais
os gaúchos: Catharino Andreatta e José Otero. Havia quatro Maseratis,
três Ferraris, dois mecânica nacional Ford, um Allard J2-Cadillac e
um Cunningham. Como chovia no dia da prova ela foi adiada para a
semana seguinte, mas também choveu naquele dia e a corrida foi
debaixo de chuva, um festival de derrapadas.
“Circuito Cinquentenário Grêmio Porto-alegrense” - Com Maserati, n°
8, a mesma utilizada na Gávea, abandonou por problemas mecânicos
(outubro)
1954 Resultados de Catharino:
“XIII Circuito da Gávea” - Com Ferrari, parou na 5ª volta com
superaquecimento.
Essa prova era a do ano de 1953, mas atrasou e acabou realizada em 4
de janeiro de 54 e foi destinada exclusivamente à carros esporte.
Disputada por 16 vezes em 21 anos essa foi sua última edição.
“II Prova Antoninho Burlamaque” - 2º lugar com carretera Ford (fevereiro)
“II Circuito Festa da Uva” - 2º lugar com carretera Ford nº 2
(março)
“III Circuito Encosta da Serra” - 8º lugar com carretera Ford nº 2
(maio)
“Gran Premio Ciudad de Melo” - 2º lugar com carretera Ford nº 2
(maio)
“I Circuito da Laranja” - Cat. Standard 2º lugar com carro Ford n° 2
(julho)
“I Circuito Cidade de Passo Fundo” - Cat. Standard 1º lugar com
carro Ford nº 2 (agosto)
“Circuito Centenário do Ginásio Sto. Antônio” em Garibaldi -
Abandonou por avaria mecânica com sua carretera Ford nº 2 (setembro)
“II Circuito Litoral” - 2º Lugar com carretera Ford nº 2 (outubro)
Os clubes automobilísticos do Rio Grande do Sul e do Uruguai
promoveram um “”Torneio Quadrangular de Automobilismo”, com provas
em Melo e Rivera (URU) e em Bagé e Pedra Redonda (POA).
Na 1ª prova, em Melo (21/11/54), foi 3º colocado; na 2ª prova, em
Bagé (5/12/54), foi o vencedor na categoria Força Livre; 3ª prova,
em Pedra Redonda (21/4/55) foi o 3º colocado, mas na cat. Standard.
Na 4ª prova, em Rivera (23/10/55) classificação desconhecida.
1955, Participações de Catharino:
Inauguração do Autódromo de Rivera (URU) - 3º lugar com carretera
Ford (Janeiro)
“I Circuito Encosta da Serra” - 4º lugar com carretera Ford nº 2
(fevereiro)
“III Prova Antoninho Burlamaque” -1º lugar com carretera Ford nº 2
(fevereiro)
“VI Circuito da Pedra Redonda” - 2º lugar com carretera Ford nº 2
(junho)
“VII Circuito da Pedra Redonda - 1º lugar com Ford nº 2 (agosto)
“II Circuito Zona Centro (Alto Taquari) - 1º lugar com Ford nº 2
(setembro)
“V Circuito Encosta da Serra” - Carreera Ford nº 2, desistência por
falha mecânica. (novembro)
Por essa quebra Catharino acabou o ano como vice-campeão,
Ele e seu irmão Júlio eram proprietários de cavalos de corrida,
vencedores, paixão que herdaram do pai, em agosto de 55 foi concedido o registro do “Stud
Galgos Brancos”, Haras que tinha em sociedade com o irmão.
1956 - Provas:
“IV Prova Antoninho Burlamaque” - 1º lugar na cat. Força Livre com a
carretera Ford nº 2 (fevereiro)
“VI Circuito Encosta da Serra” - 2º lugar com carretera Ford nº 2.
(abril)
“I Circuito Tapes-Camaquã” - 1º lugar com carretera Ford nº 2.
(maio)
“Prova Cidade de Pelotas” - 6º lugar com carretera Ford nº 2.
(junho)
“III Prova Alto Taquari” - 3º lugar com carretera Ford nº 2.
(setembro)
Foi Campeão Gaúcho de Força Livre de 1956, aos 45 anos de idade e 29
anos de carreira.
Durante o ano de 1956, Wilson Fittipaldi, o "Barão", percorreu os
estados do sul do país, visitando pilotos e convidando-os para
participar de uma prova de longa duração que seria realizada no
Autódromo de Interlagos. Seriam as Mil Milhas Brasileiras no final
do mês de novembro.
“I Mil Milhas Brasileiras” - Interlagos (SP) - 1º lugar em dupla com
Breno Fornari com carretera Ford nº 2
Em seu retorno a Porto Alegre, os campeões desfilaram pela cidade em
carro aberto oficial do governo gaúcho.
Conta-se uma história sobre a preparação da dupla para essa prova:
“Catharino disse à Breno:
- Um mês antes da prova, devemos acordar bem cedinho a fim de
treinarmos juntos para as Mil Milhas.
- Na Pedra Redonda? Indagou Fornari.
- Não, respondeu Catharino. Treinar a pé na raia do Segipa. Não
adianta o nosso carro estar bem preparado se nós, meninos
crescidinhos não soubermos correr na hora da largada...” - Diário de
Notícias (23/09/1956)
1957 - Provas:
“V Prova Antoninho Burlamaque” - 7º lugar com carretera Ford.
(janeiro)
“Circuito da Vindima”, 2ª prova do Campeonato, Júlio e Catharino não
se inscreveram para poder participar do “GP de Pelotas”, importante
prova de turfe onde tinham cavalos de seu Haras correndo. Houve
diversas outras provas também.
“I Circuito da Uva” (Caxias do Sul) - 5º lugar com carretera Ford.
(março)
“ VII Circuito Encosta da Serra” - Abandono com carretera Ford
(maio)
“VIII Circuito Pedra Redonda” - 3º lugar com carretera Ford (julho)
“II Circuito de Pelotas” - não conclui (agosto)
“IV Prova Alto Taquari” - 5º lugar com carretera Ford (setembro)
“II Mil Milhas Brasileiras” - Interlagos (SP) - 2º lugar em dupla
com Diogo Ellwanger com carretera Ford nº 2 (novembro)
“Circuito Zona Sul” (Tape-Camaquã) - 2º lugar com carretera Ford nº
2 (dezembro)
1958 - Provas:
“Circuito Centenário de Passo Fundo” - não participou.(fevereiro)
“...que o famoso “Galgo Branco” não estará presente, siquer como
assistente da prova... a razão é que os irmãos Andreatta sentiram-se
agastados com as desprimorosas considerações feitas à eles por
alguns maus desportistas de Passo Fundo...” - Diário de Notícias
(02/02/1958)
“Circuito Festa da Uva” - Classif. não disponível - estava inscrito
com a carretera Ford nº 2 (março)
“Circuito Internacional de Automobilismo” em Piriápolis (URU) - 2º
lugar com carretera Ford nº 2 (março)
“Circuito Automobilístico de Melo” (URU) - 6º lugar 2º lugar com
carretera Ford nº 2 (março)
“500 Quilômetros de Porto Alegre” - Abandono - Carretera Ford nº 2
(junho). Houve a participação de pilotos paulistas:
Camillo
Christófaro, Celso Lara Barbéris,
Chico Landi, José Gimenez Lopes e
Luiz Américo Margarido; argentinos: Juan Galvez e Felix Peduzzi e o
uruguaio Rômulo Buonavoglia.
Vejam episódio do acidente com Gimenez
Lopes.
“VIII Circuito Encosta da Serra” - 4º lugar com carretera Ford nº 2
(setembro)
“III Mil Milhas Brasileiras” - Interlagos (SP) - 1º lugar em dupla
com Breno Fornari com carretera Ford nº 2, tornaram-se bicampeões da
prova (novembro) FOTO pág. 91
“I Circuito Cavalhada-Vila Nova (POA) - 4º lugar com carretera Ford
nº 2 (dezembro)
1959 - Provas:
“VI Prova Antoninho Burlamaque” - 1º lugar com carretera Ford nº 2
(fevereiro))
“II Circuito Cavalhada-Vila Nova (POA) - 1º lugar com carretera Ford
nº 2 (abril)
“Quilômetro de Arrancada” na Av. Farrapos (POA) - 1º lugar com
carretera Ford (julho)
“IX Circuito Encosta da Serra” - 2º lugar com carretera Ford nº 2
(julho)
“III Circuito Cavalhada-Vila Nova (POA) - 2º lugar com carretera
Ford nº 2 (setembro)
“IV Mil Milhas Brasileiras” - Interlagos (SP) - 1º lugar em dupla
com Breno Fornari com carretera Ford nº 2, tornaram-se tricampeões
da prova (novembro)
“- Em primeiro lugar, não há um segredo em especial. O que existe é
uma combinação de fatores, todos trabalhando para que o projeto de
ser primeiro numa prova desse tipo dê certo. Disputar as Mil Milhas
era para nós simplesmente a extensão do que já fazíamos no Rio
Grande do Sul.” - Breno Fornari (2006)
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1956 - I Mil
Milhas Brasileiras
Breno ao volante - Primeira vitória |
1958 - III Mil
Milhas Brasileiras
Perseguindo José Guidini e Pascoal Landi. |
1959 - IV Mil
Milhas Brasileiras
Terceira vitória |
1965 - VII Mil
MIlhas Brasileiras
Tricampeões da prova |
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1960 - I 24
Horas de Interlagos
Revista Simca |
1960 -
Provas:
“Prova Porto Alegre-Tramandai” - 1º lugar com carretera Ford
(fevereiro)
"II 24 Horas de Interlagos" (SP) - com
Breno Fornari - 6º lugar com
Simca Chambord nº 5 da equipe de fábrica (julho)
“III Circuito de Pelotas” - 2º lugar com Simca na Cat. Standard
(agosto)
“II 500 Quilômetros de Porto Alegre” - com
Breno Fornari - 1º lugar
com carretera Ford (outubro)
“V Mil Milhas Brasileiras” - Interlagos (SP) - com
Breno Fornari -
28º lugar carretera Ford nº 2 (novembro)
“IV Circuito Cidade de Pelotas” - Abandonou. (agosto)
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IV Copa Festa da
Uva |
1961 -
Provas:
“VII Prova Antoninho Burlamaque” - 3º lugar com carretera Ford
(fevereiro)
“IV Copa Festa da Uva” - Não completou. (março)
“O tão esperado duelo entre José Azmus e Catharinho Andreatta, não
saiu, pois ambos desistiram em meio a corrida. Dos 7 que
concorrentes apenas 2 conseguiram concluir o percurso...”
- Jornal
do Dia (21/03/1961)
O que o jornal não diz é que o abandono de Catharino foi devido a um
capotamento, o único de sua carreira.
"II 24 Horas de Interlagos" (SP) - com
Breno Fornari - 12º lugar com Simca Chambord nº
6 da equipe de fábrica (junho)
“VI Mil Milhas Brasileiras” - Interlagos (SP) - Com
Breno Fornari -
Abandonou por quebra do diferencial (novembro)
1962 - Provas:
“IX Prova Antoninho Burlamaque” - 3º lugar com carretera Ford nº 2
(fevereiro)
“I Prova Porto Alegre-Torres - 1º lugar com carretera Ford nº 2
(março)
“I 12 Horas de Porto Alegre” - em dupla com José Madrid - 5º lugar na
Classe C com Simca nº 87 (maio)
“III 500 Quilômetros de Porto Alegre” - com
Vitorio Andreatta -
Abandonou por quebra do cambio na ultima volta quando estava em 1º
lugar - Carretera Ford nº 2 (setembro)
“Quilômetro de Arrancada” - Prova realizada em homenagem aos seus 25
anos de atividades automobilísticas. Não correu, a carretera Ford nº
2 foi pilotada por seu filho Vitório Andreatta e chegou em 2º
lugar.(outubro)
“II Festival da Indústria Automobilística Brasileira” - 1º lugar com
carretera Chevrolet/Corvette nº 2.
Nessa prova (21 de dezembro), no circuito Cavalhada/Vila Nova (RS),
Catharino largou o motor Ford e correu com a carretera Chevrolet/Corvette
nº 2 (que comprou de Camillo Christófaro e antes
pertencera à José Gimenez
Lopes e Chico Landi).
Em 1962 sagrou-se novamente Campeão Gaúcho de Força Livre.
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1963 - II 12
Horas de POA
Fotograma de vídeo da prova |
1963 - Provas:
“X Prova Antoninho Burlamaque” - Classificação desconhecida - Com a
carretera Chevrolet/Corvette (fevereiro)
“II 12 Horas de Porto Alegre” - em dupla com
Aldo Costa - 3º lugar
na Classe "C" com Simca nº 3 (agosto)
Veja aqui o
vídeo dessa prova.
“IV 500 Quilômetros de Porto Alegre” - 2º lugar com carretera
Chevrolet/Corvette nº 2 (novembro)
Veja aqui o
vídeo dessa prova.
“1600 Quilômetros de Interlagos” (SP) - com
Breno Fornari - 2º lugar
com carretera Chevrolet/Corvette nº 2 (novembro)
“Prova Jubileu de Prata Diogo Ellwanger” - 1º lugar com carretera
Chevrolet/Corvette nº 2 (dezembro)
“II 500 Milhas de Porto Alegre/RS - Circuito da Cavalhada - com
Bird
Clemente - 2º Lugar com Willys Interlagos nº 22 (dezembro)
1964 - Provas:
“XI Prova Antoninho Burlamaque” - 1º lugar com carretera Chevrolet/Corvette
nº 2 (fevereiro)
“V 500 de Porto Alegre” - 1º lugar com carretera Chevrolet/Corvette
nº 2 (junho)
“II Festival de Records” - BR -2 (Guaiba-Pelotas) (RS) - 3º lugar
com carretera Chevrolet/Corvette n° 2 (agosto)
1965 - Provas:
“Prova na Praia do Cassino” (RS) - Classificação desconhecida -
Simca nº 2 (fevereiro)) - 16/02
“VII Mil Milhas Brasileiras” - Interlagos (SP) - Com
Vitório
Andreatta - Abandonou por quebra do setor de direção quando estavam
na 1ª colocação - 27° na geral e 13° na cat. TFL (pelo número de
voltas) (novembro)
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Foto de Fernando
Esbroglio no Blog do Sanco |
Fonte: Site
Bandeira Quadriculada |
Fonte: http://ruiamaraljr.blogspot.com.br |
1966 - Provas:
“XI Prova Antoninho Burlamaque” - Quebra antes da largada -
carretera Chevrolet/Corvette nº 2 (janeiro)
1968 - Provas:
“200 Quilômetros de Porto Alegre” - Abandono na 10ª volta - Com
carretera Chevrolet/Corvette n° 2 (agosto)
“12 Horas de Porto Alegre” (Cavalhada-Vila Nova) - Com
Vitório
Andreatta - 7º lugar na geral e 3º lugar na categoria B - Ford
Corcel nº 2 da Equipe Willys (dezembro)
1969 - Provas:
“3 Horas de Guaporé” (RS) - Inauguração da pista de terra compactada
com óleo queimado do Autódromo de Guaporé (RS) - Classificação
desconhecida - Com Simca (dezembro).
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Acervo de João
Bresolin postado no http://blogdosanco.blogspot.com.br |
Foi sua ultima participação,
já com 58 anos de idade, pilotando um carro de corridas, mas não se afastou do automobilismo, passou a se
dedicar em acompanhar as carreiras do filho, Vitório, e do sobrinho,
Luiz Fernando, filho de Júlio Andreatta e a cuidar de seu Haras.
Um antigo sonho de Catharino era construir um
autódromo no Rio Grande do Sul e finalmente foram construídos dois, o primeiro foi
inaugurado em Guaporé e no ano seguinte na cidade de Viamão, hoje
região metropolitana da capital gaúcha, foi inaugurado em Tarumã
(8/11/70) o segundo autódromo do estado, queria participar da prova de inauguração, mas a
bandeirada final chegou antes para ele, não deu tempo. Em 21 de outubro de 1970
por complicações de um câncer de laringe ele faleceu, aos
59 anos de idade, poucas semanas antes da inauguração do Autódromo
Internacional de Tarumã.
Seu nome chegou a ser cogitado para nomear o autódromo (veja aqui a
história do autódromo).
Material de consulta:
"Biblioteca Nacional Digital" - Diversos Jornais do RS, SP e RJ
"Automobilismo no tempo da carreteras" de Paulo Renner e Luiz F.
Andreatta
"Automobilismo Gaucho - Levantando Poeira" de Gilberto Menegaz
"Mil Milhas Brasileiras - 50 anos" de Livio Oricchio
"Circuito da Gávea" de Paulo Scali
"12 Horas - Histórias & Estatisticas" de Paulo Torino e Paulo Lava
"24 Horas de Interlagos - A História" de Paulo Roberto Peralta