Página acrescentada em 01 de outubro de 2015.
Gino Bianco
(Luigi Bertetti Bianco)
Nascimento: 22/07/1916 - Falecimento: 08/05/1984
Vejam algumas entrevistas dele
clicando a seguir:
Parte 1 e
Parte 2
 |
1951 |
Nascido
em 22 de julho de 1916 no norte da Itália na cidade de Turim
(Torino) , filho de Pietro Bianco e Federica Bertetti recebeu o nome
de Luigi Bertetti Bianco. Alguns sites dão seu nome como Luigi
Emilio Rodolfo Bertetti Bianco, mas nos jornais da época e em sua
certidão de óbito, que o Sergio Sultani gentilmente me forneceu uma
cópia, aparece como Luigi Bertetti Bianco.
Seu pai tinha uma fabrica de doces em Turim (Marca Savoia).
É consenso que sua família veio para o Brasil quando Gino ainda era
menino, tinha 12 anos, indo morar no Rio de Janeiro, então deve ter
sido por volta de 1928. Há uma noticia de casamento publicada em 14
de janeiro de 1939 onde ficamos sabendo que ele tinha pelo menos uma
irmã, Elizabeth Bertetti, que se casou com Constantino, filho de sua
tia Santina (irmã de sua mãe) que também veio para o Brasil. Essa
noticia diz também que seu pai era comerciante, e sabemos que o
jovem Gino aprendeu mecânica, provavelmente trabalhando em oficinas.
Quando aconteceu a primeira corrida no Circuito da Gávea, o “I
Grande Premio Cidade do Rio de Janeiro” em 1933 no dia 8 de outubro
ele tinha 17 anos, então deve ter assistido a vitória de
Manuel de Teffé
na prova.
Não encontrei informações sobre ele até estrear 5 anos
depois (1938), já com quase 22 anos, nessa mesma corrida. Por essa
época tinha ou trabalhava numa oficina, provavelmente na Rua Aires
Saldanha, em Copacabana, e provavelmente de Mauricio Dantas.
Em 1938 houve duas edições da corrida da Gávea, a primeira nacional, em 29 de maio, e a
sexta internacional, em 12 de junho, Gino participou apenas da
nacional, que foi chamada de “Premio Comendador Sabbado D’Angelo”.
Estava inscrito como suplente de Mauricio Dantas Torres num Bugatti
adaptado com motor Chrysler. Haviam 45 inscritos e só 18 suplantaram
o tempo mínimo exigido, ele fez o 8º melhor tempo, mas na prova não
foi feliz, abandonou na 1ª volta.
“Logo depois da curva do Leblon os carros 16 e 24, na perspectiva de
um encontro, tiveram de se desviar subitamente. O primeiro, de Luigi
Bianco, subiu um barranco, enquanto o de Antonio Botelho chocava-se
com o meio fio que dá para o mar, avariando-se os carros, mas não
ferindo os seus motoristas.”
- A
Noite - 30/5/1938
“- Fiz tantos sacrifícios para logo na primeira volta acontecer esse
desastre! Empreguei todos os meus recursos para evitar o acontecido.
Felicito-me por ter escapado ileso.”
Disse após a prova.
Ele só voltou a correr no ano seguinte (1939), novamente na Gávea,
apenas para pilotos brasileiros ou aqui residentes.
“... a Crysler adaptada, antiga “Carioca” de Júlio de Moraes foi
pilotada por Luigi Bianco e Dantas Torres, que fizeram algumas
voltas sem grande preocupação de marcar tempo...”
- Gazeta de Notícias - 10/10/1939
Correu com o Bugatti/Chrysler que Mauricio Dantas havia comprado em
1938 e estava indo bem, mas teve que parar no box na 6ª volta (de
20) com a embreagem patinando e desistiu.
“... Luigi Bianco, piloto do carro de Mauricio Dantas foi forçado a
desistir...”
- O Globo Sportivo - 4/11/1939
Nesse mesmo ano esteve em São Paulo para a “quase” inauguração do
Autódromo de Interlagos em 29 de novembro, com o mesmo carro, mas
devido as fortes chuvas a prova foi cancelada e adiada “sine die”.
Finalmente em 12 de maio de 1940 aconteceu a corrida inaugural de
Interlagos e Gino participou com a Bugatti/Chysler e de novo
abandonou.
Nascimento Junior
venceu a prova.
Em 29 de dezembro participou do Circuito da Gávea, dessa vez com um
Fiat adaptado, até essa prova os jornais se referiam à ele como
Luigi Bianco, largou em 6º lugar e completou a primeira volta em 5º,
mas voltas depois seu carro derrapou e subiu numa pedra na Av.
Bartolomeu Mitre. Não completou novamente.
“Luigi Bianco, pilotando o carro 12, também vinha fazendo boa
corrida, na 11ª volta, porém a sua barata derrapou na Avenida
Bartholomeu Mitre e, depois de descrever três voltas no ar caiu em
pé sobre a calçada. Bianco felizmente nada sofreu.”
- O Globo Esportivo - 3/1/1941
Em 30 de março de 1941 então já com quase 25 anos participou de sua
primeira prova de Subida de Montanha, na Estrada Rio-Petrópolis,
aonde chegou em 7º lugar com um Fiat Adaptado. Participou também,d a
“Prova Presidente Getúlio Vargas” para Turismo Força Livre, uma
prova de estrada que saindo do Rio ia até Goiânia, São Paulo e
voltava ao Rio, perfazendo 3.731 Km. A prova teve 38 inscritos
(alguns estrangeiros), mas dos 35 que largaram só 11 completaram,
ele com um Fiat não completou, desistiu na 3ª etapa
(Uberaba-Goiânia). Fangio venceu.
Para o Circuito da Gávea de 1941 se inscreveu com uma Maserati,
provavelmente seu primeiro carro de corrida, treinou e se
classificou no 6º pelotão, mas não alinhou para largar, fez
“forfait” como diziam os jornais da época repetindo um termo usado
no turfe.
Pelo inicio dos anos 40 abriu sua oficina própria, a Oficina
Meridional na Rua Francisco Otaviano, onde décadas depois foi
construído o bingo Arpoador.
Em 1942 não houve corridas em virtude do racionamento de
combustíveis imposto pelo governo em consequência da II Guerra, mas
em 1943 com a adoção do gasogênio como combustível as corridas
voltaram e ele participou com um carro Delahaye com gasogênio em
1943 e 1944 da “Prova Interventor Fernando Costa” em Interlagos, não
terminou nenhuma delas. Participou também de três provas de Subida
de Montanha no Rio de Janeiro com bons resultados. Em 1945 passou a
usar um carro Fiat com gasogênio, fez três provas não terminando
nenhuma delas.
Era casado com Carmen Martins Bertetti e tinham um filho. Não
consegui o ano do casamento, mas deve ter sido entre 1942 e 1945.
Em 1946 as corridas voltaram ao normal e ele, já com 30 anos,
participou com Maserati de duas provas de Subida de Montanha,
vencendo uma e abandonando outra. Apesar de inscrito no “I GP da
Quinta da Boa Vista” não largou, mas em dezembro no “Premio Crônica
Esportiva” também no circuito da Boa Vista foi 2º lugar, perdendo
apenas para
Chico Landi.
Iniciou o ano de 1947 disputando em Interlagos o “GP Cidade de São
Paulo” onde apesar de largar em 2º acabou perdendo essa posição para
o italiano Enrico Platé pois teve de parar no box por um pequeno
problema no tanque de gasolina, mesmo assim chegou em 3º lugar.
Landi venceu.
Ainda em 1947 participou de mais 5 provas, sendo que em março chegou
em 3º numa prova internacional realizada em Interlagos (SP),
perdendo apenas para o italiano Acchile Varzi e
Chico Landi em 2º,
venceu no entanto a “Subida da Tijuca” no Rio de Janeiro.
 |
Rubem Abrunhosa e Gino Bianco
embarcam suas Maseratri para São Paulo
Fonte: Sport Ilustrado - 1948 |
Em 1948 participou de oito provas, com alguns bons resultados e
outros nem tanto, além de dois abandonos e nenhuma vitória. Sua
oficina na Rua Francisco Otaviano atendia diversos pilotos, entre
eles Rubem Abrunhosa que teve sua Maserati reparada para a prova GP
da Lavoura conforme o jornal A Manhã (RJ), e também os carros Alfa
Romeu de Henrique Casini e Maserati de Carlos Barbosa lá também
foram reparados, além é claro de seu próprio carro que recebeu
amortecedores novos. Anuar de Goes Daquer teve seu carro
reconstruído depois de um acidente.
Em julho de 1949 correu em Petrópolis (RJ) com Maserati e após uma
acirrada disputa com Herique Casini ficou com a vitória, em agosto
chegou em 3º no “GP
Cidade de Belo Horizonte”
(MG), corrido num circuito que circundava a Lagoa da Pampulha. Nessa
prova aconteceram dois acidentes, um deles fatal, fato que aliado ao
publico que teimava em invadir a pista levou o chefe de policia a
interromper a prova na 8ª volta das 10 previstas.
Chico Landi
venceu, mas Gino estava atrasado, não faria diferença. Depois
participou de uma prova no Circuito da Boa Vista (RJ) e em seguida
das 4 provas do I Campeonato de Subida de Montanha, vencendo 3 delas
e ficando em 2º na última. Sagrou-se o primeiro campeão carioca de
Subida de Montanha.
Em 1950 participou de uma prova em abril, em Interlagos, de Turismo
Força Livre sem, no entanto completar. Depois participou do II
Campeonato de Subida de Montanha, vencendo 3 e ficando em 2º em
outra, vencida por Chico Landi, com esses resultados sagrou-se
bicampeão, participou ainda de mais duas provas, uma na Quinta onde
foi 2º e outra em Interlagos onde abandonou.
1951 foi um ótimo ano para ele, participou com a Maserati de 4
provas com excelentes resultados, inclusive uma vitória.
“... favorecido com a falta de chance de Landi, Gino Bianco
conquistou um bonito triunfo, pode-se dizer que foi a vitória da
tenacidade, que de longa data vem perseguindo...”
- O Globo - 23/4/1951
Em entrevista ao jornal “Ultima Hora” de 15/8/1951 ele disse:
“- Essa vitória não valeu porque o campeão brasileiro foi forçado a
desistir.”
E de
novo venceu o Campeonato de Subida de Montanha, agora em sua
terceira edição, tornando-se tricampeão.
“Gino Bianco foi o herói da manhã de ontem, repetindo assim sua
proeza de sábado e das três competições anteriores, dessa forma, o
veterano volante sagrou-se campeão invicto do III Campeonato de
Subida de Montanha, juntando mesmo ao seu cartel o titulo de
tricampeão...”
- O
Globo - 13/8/1951
Nessa prova ele participou com dois carros, colocando um em primeiro
o outro em segundo, mas não valeu:
“A corrida de ontem teve, aliás, seu brilho empanado por uma
irregularidade que não deve ser repetida para o bem do próprio
automobilismo. É que a Comissão de Corridas, contrariando todos os
regulamentos, permitiu que um mesmo corredor tomasse parte da mesma
prova, pilotando dois carros diferentes. Tanto mais de lamentar foi
essa atitude por ter ela beneficiado um volante que não necessita de
proteção de quem quer que seja para se classificar bem em nossas
pistas.
Referimo-nos a Gino Bianco, que venceu a prova principal pilotando
Maserati, e, fato curioso e inédito, colocou-se em segundo dirigindo
a Talbot de propriedade de Pinheiro Pires.”
- O Globo - 13/8/1951
 |
Estado em
que ficou seu carro na prova 24 Horas de
Interlagos
Fonte: Sport Ilustrado |
Ainda em 1951 participou do "Premio Lucas Nogueira Garcez" em
Interlagos (SP), onde ficou em 3o lugar com Maserati 8CM nº 18
(clique
e veja vídeo). Participou também da prova "“24
Horas de Interlagos - Mercedes-Benz”,
corrida monomarca onde todos correram com o modelo 170D, a diesel ou
a gasolina, fez parceria com Antonio Eugenio Vettori. A largada foi
às 16 horas de sábado e na 20ª volta Gino assumiu a liderança, mas
no final da tarde ele capotou, sem se ferir, como o carro não tinha
condições de continuar os mecânicos passaram seu motor para o carro
da dupla gaúcha, Catharino Andreatta e Aristides Bertuol, que haviam
fundido o motor na 11ª volta.
Já 1952 começou mal, quase não conseguiu participar da Quinta, seu
carro precisava manutenção:
“A presença de Gino Bianco no Circuito da Quinta somente se tornou
possível ante o gesto de esportividade e camaradagem de Credentino
Marques, que autorizou-o a utilizar-se de peças de sua propriedade
para que a máquina ficasse em condições de concorrer.”
- Ultima Hora - 30/1/1952
No inicio daquele ano teve 3 abandonos seguidos, inclusive no
Circuito da Quinta da Boa Vista onde se acidentou com Pinheiros
Pires.
“... desastre foi motivado pelo renhido duelo que na prova de carro
de corrida travaram os corredores Gino Bianco (carro nº 18) e
Pinheiros Pires (carro nº 4). Gino caminhava à frente e teve a
passagem forçada por Pinheiro Pires numa das muitas curvas do
percurso. Quando as máquinas, que produziam alta velocidade, se
emparelharam deu-se o choque. O chão escorregadio fez com que a
Talbot nº 4 rodopiasse sobre o asfalto e fosse colher um popular que
se encontrava no meio fio. Os volantes patrícios nada sofreram.
Contudo a vitima... de 30 anos faleceu no hospital do Pronto
Socorro.”
-
Folha da
Manhã - 5/2/1952
Gino passou por uma situação constrangedora, foi citado como um dos
suspeitos da morte do bancário Afranio Arsenio de Lemos em 6 de
abril, que era seu conhecido pois participara de provas de subida de
montanha. Mas como já era famoso, a imprensa deu destaque, um
repórter o procurou num bar no Posto 6 onde se reuniam os pilotos e
o entrevistou sobre o caso:
“-... Pois bem, no dia que Afranio foi morto eu vim para aqui cedo.
Sentei-me, aliás, minha senhora estava junto, e fiquei trocando
idéias com os amigos. Quando o já faladíssimo Citroen passou, todos
nós o vimos. Apenas não demos maior importância, pois longe
estávamos de supor o que de grave iria acontecer ... e somente pela
leitura dos jornais viemos a ter noticia do crime.”
- A Manhã - 16/4/1952
Esse crime ficou conhecido como “Crime do Sacopã” ou "Crime do
Citroen Preto" mas a policia nem
mesmo o chamou para esclarecimentos pois logo apareceu um suspeito
que em julho foi condenado, o Tenente Bandeira, da Aeronáutica, que
pegou 15 anos de prisão.
Foi nesse ano que acompanhando seu amigo Chico Landi foi à
Europa para disputar a F1 pela Escuderia Bandeirantes. Sua primeira
prova foi o “V
Gran Premio dell'Autodromo di Monza”
de Formula 2, com a participação da “nata” do automobilismo da época.
Correu com uma Maserati A6GCM pintada de amarelo com as rodas
verdes, cor do Brasil determinada pela FIA. Abandonou na 28ª volta
de 35. Chico Landi também participou e também abandonou.
“O Grande Premio de Monza obedece a Formula 2 para carros de corrida
sem compressor até 2.000cc, sendo disputado em duas provas de 220,5
Km cada.”
- Diário de Noticias - 6/6/1952
 |
Única foto
localizada dele participando da F1
GP da Inglaterra 1952 - 18º colocado |
Em julho finalmente estreou na Formula 1 no “GP da Inglaterra” em
Silverstone e fez o 28º tempo na classificação (haviam 32 inscritos)
terminando a prova em 18º entre os 22 pilotos que concluíram, este
foi seu melhor resultado na Fórmula 1. Depois abandonou os GP’s da
Alemanha (motor quebrado na primeira volta), Holanda (quebra do câmbio) e
Itália (novamente motor). Veja entrevista dele sobre sua ida à Europa (clique
aqui).
Retornando ao Brasil participou em dezembro do Circuito da Gávea com
mais um abandono, correu no lugar do português Vasco Sameiro e teve
de abandonar por um principio de incêndio em seu carro.
“Vasco Sameiro, convidado pelo Automóvel Clube do Brasil para
participar da Gávea não foi à pista ... Alegando não apresentar
condições satisfatórias a máquina que lhe haviam oferecido.
A realização da prova veio dar razão à Sameiro, porquanto Gino
Bianco que o substituiu ao volante da Maserati não foi além da 4ª
volta...”
- O
Globo -15/12/1952
“- Não estava funcionando o conta-giros do carro, e, possivelmente ao
tentar passar por Casini eu tivesse forçado um pouco a maquina...
Foi pena porque, na pior das hipóteses eu esperava um segundo
lugar.”
Disse ao jornal depois da prova.
Em 1953 fez uma Subida de Montanha onde foi 2º lugar e depois de
quase 3 meses participou do “II
Circuito de Campinas”
que devido às chuvas foi adiado para 4 de junho, uma quinta feira,
na prova terminou em 3º lugar a 4 voltas de
Chico Landi o vencedor.
Ao término da prova Bianco, após receber a bandeirada, ao invés de
completar mais uma volta parou o carro e entrou de marcha-a-ré nos
boxes, foi punido por manobra irregular prevista no Código
Esportivo, mas a pena foi uma multa de Cr$ 500,00 e uma advertência
por escrito.
Ainda em 1953 sagrou-se tetracampeão de Subida de Montanha no Rio de
Janeiro e também participou de mais duas provas, abandonando ambas,
uma delas em comemoração ao cinquentenário do Grêmio em Porto Alegre
(RS).
A Gávea de 1953 foi realizada em 3 de janeiro de 1954 e Gino após
treinar com uma Ferrari esporte desistiu de participar pois segundo
ele
“o carro
não estava desenvolvendo velocidade satisfatória”,
em sua vaga correu Cláudio Daniel Rodrigues, na corrida ele usou
a Maserati de Pinheiro Pires que havia se classificado em 16º no
grid, mas não passou da segunda volta, teve um pneu furado e bateu num
paredão da Av. Niemeyer (veja
aqui como foi o acidente), depois correu o “IV Circuito
Automobilístico da Esplanada”, mas não concluiu, e foi esse seu ultimo
ano competindo, estava com 38 anos. Vendeu sua Maserati já com
quase 20 anos, mas sempre atualizada por ele que também era um
excelente mecânico, para Armando Silva.
Passou a se dedicar exclusivamente à oficina mecânica onde atendia
muitos automobilistas, além de clientes comuns, ainda na sua Oficina
Meridional.
Sete anos depois ele aceitou convite de Mauricio Lemos para correrem
em dupla o “IV 500 Quilômetros de Interlagos” (curiosidade: Mauricio
era sobrinho de Juscelino Kubitschek e tinha um cartório em
Brasília), para tanto se inscreveu como co-piloto:
“- O proprietário da máquina não sou eu, mas sim Mauricio de Lemos,
que será o piloto da nº 21”,
disse à Folha de S.Paulo de 21/8/1961.
Largaram com uma Maserati 300S do 25º posto e chegaram em 8º lugar.
Após essa prova Gino encerrou definitivamente sua carreira como
piloto, aos 45 anos de idade.
Há uma citação de seu nome como se inscrevendo na prova “Cem Milhas de
Kart”, mas acho que seu nome foi usado como chamariz, pois não
estava na lista de inscritos e não
participou.
Viveu no Rio de Janeiro na Rua Raul Pompéia até vir a falecer
em 8 de maio de 1984
no
Hospital São Vicente de Paulo, com 68 anos, vitima de complicações
no esôfago.
Tabela
de participações e resultados |
Data |
Prova/Circuito |
Carro |
Classif. |
29/05/1938 |
Circuito da Gávea (RJ) |
Bugatti/Chrysler |
AB |
29/10/1939 |
Circuito da Gávea (RJ) |
Bugatti/Chrysler |
AB |
12/05/1940 |
Inauguração de Interlagos (SP) |
Bugatti/Chrysler |
AB |
29/12/1940 |
Circuito da Gávea (RJ) |
Fiat 519 Adaptado |
AB |
30/03/1941 |
Subida Rio-Petrópolis (RJ) |
Fiat/Wanderer |
7º |
22 a 29/06/41 |
Prova Presidente Getúlio Vargas
(RJ/GO/SP/RJ) |
Fiat 1.100 |
AB |
28/09/1941 |
Circuito da Gávea (RJ) |
Maserati |
Não Alinhou |
24/10/1943 |
Prova Interventor Fernando Costa -
Interlagos (SP) |
Delahaye Gasogênio |
AB |
06/02/1944 |
Subida Estrada Rio-Petrópolis |
Delahaye Gasogênio |
12º |
07/05/1944 |
II Prova Interventor Fernando Costa (SP) |
Delahaye Gasogênio |
AB |
23/07/1944 |
Prova Rio-Vassouras (RJ) |
Delahaye Gasogênio |
3º |
08/10/1944 |
Circuito da Amendoeira (RJ) |
Delahaye Gasogênio |
2º |
18/03/1945 |
Subida Estrada Rio-Petrópolis (RJ) |
Fiat Gasogênio |
AB |
03/06/1945 |
III Prova Interventor Amaral Peixoto (RJ) |
Fiat Gasogênio |
AB |
29/07/1945 |
Circuito de Macaé
(RJ) |
Fiat Gasogênio |
AB |
28/04/1946 |
Subida da Tijuca (RJ) |
Maserati |
AB |
02/06/1946 |
Subida Estrada
Rio-Petrópolis |
Maserati |
1º |
28/07/1946 |
GP da Quinta da Boa Vista
(RJ) |
Maserati |
N |
15/12/1946 |
Circuito Quinta da Boa Vista (RJ) |
Maserati |
2º |
05/01/1947 |
GP Cidade de São Paulo - Interlagos (SP) |
Maserati |
3º |
30/03/1947 |
Circuito Internacional de Interlagos (SP) |
Maserati |
3º |
20/04/1947 |
Circuito da Gávea (RJ) |
Maserati |
AB |
18/05/1947 |
GP Automobilístico Ademar de Barros (SP) |
Maserati |
7º |
31/08/1947 |
Subida da Tijuca (RJ) |
Maserati |
1º |
07/12/1947 |
Circuito Quinta da Boa Vista (RJ) |
Maserati |
2º |
28/02/1948 |
GP Lavoura - Interlagos (SP) |
Maserati |
3º |
21/03/1948 |
GP de São Paulo (SP) |
Maserati |
AB |
11/04/1948 |
Corrida Internacional de São Paulo -
Interlagos (SP) |
Maserati |
5º |
25/04/1948 |
Circuito da Gávea (RJ) |
Maserati |
7º |
04/07/1948 |
Circuito de Petrópolis
(RJ) |
Maserati |
2º |
19/09/1948 |
Prêmio Crônica Esportiva
Paulista – Interlagos (SP) |
Maserati |
AB |
03/10/1948 |
Circuito Quinta da Boa Vista (RJ) |
Maserati |
AB |
07/11/1948 |
Subida do Ascurra (RJ) |
Fiat - Cat. Turismo |
7º |
12/12/1948 |
Circuito Pça. Paris (RJ) |
Maserati |
AB |
03/07/1949 |
Prova Gov. Macedo Soares - Petrópolis (RJ) |
Maserati |
1º |
14/08/1949 |
GP Cidade de Belo Horizonte (MG) |
Maserati |
3º |
04/09/1949 |
Circuito Quinta da Boa Vista (RJ) |
Maserati |
5º |
08/09/1949 |
Subida de Canoas (RJ) |
Maserati |
1º |
25/09/1949 |
Subida da Gávea (RJ) |
Maserati |
1º |
02/10/1949 |
Subida de Joá (RJ) |
Maserati |
1º |
09/10/1949 |
Subida da Tijuca (RJ) |
Maserati |
2º |
30/04/1950 |
Premio Crônica Esportiva Paulista -
Interlagos (SP) |
Fiat - Cat. Turismo Força Livre |
AB |
03/09/1950 |
Subida de Canoas (RJ) |
Maserati |
1º |
17/09/1950 |
Circuito Quinta da Boa Vista (RJ) |
Maserati |
2º |
01/10/1950 |
Premio Silvio de Magalhães Padilha -
Interlagos |
Maserati |
AB |
15/10/1950 |
Subida da Gávea (RJ) |
Maserati |
1º |
22/10/1950 |
Subida de Joá (RJ) |
Maserati |
1º |
17/12/1950 |
Subida da Tijuca (RJ) |
Maserati |
1º |
25/01/1951 |
Premio Fundação Cidade de São Paulo -
Interlagos |
Maserati |
2º |
22/04/1951 |
Circuito Quinta da Boa Vista (RJ) |
Maserati |
1º |
13/05/1951 |
GP Lucas Nogueira Garcez - Interlagos (SP) |
Maserati |
3º |
24/06/1951 |
Premio Darcy Vargas - Quinta da Boa Vista
(RJ) |
Maserati |
2º |
08/07/1951 |
Subida de Canoas (RJ) |
Maserati |
1º |
15/07/1951 |
Subida da Gávea (RJ) |
Maserati |
1º |
29/07/1951 |
Subida do Joá (RJ) |
Maserati |
1º |
11/08/1951 |
Subida Águas Férreas/Sta. Tereza (RJ) |
Maserati |
1º |
12/08/1951 |
Subida da Tijuca (RJ) |
Maserati |
1º |
18/08/1951 |
24 Horas de Interlagos - Mercedes Benz
(SP) |
MB 170D - c/Antonio E. Vettori |
AB |
13/01/1952 |
GP Cidade de São Paulo - Interlagos (SP) |
Maserati |
AB |
20/01/1952 |
Circuito da Gávea (RJ) |
Maserati |
AB |
03/02/1952 |
Circuito Quinta da Boa Vista (RJ) |
Maserati |
AB |
08/06/1952 |
V Gran Premio dell'Autodromo
di Monza - F2 |
Maserati A6GCM |
AB |
19/07/1952 |
GP da Inglaterra de F1 - Silverstone |
Maserati A6GCM |
18º |
03/08/1952 |
GP da Alemanha de F1 - Nurburgring |
Maserati A6GCM |
AB |
17/08/1952 |
GP da Holanda de F1- Zandvoort |
Maserati A6GCM |
AB |
07/09/1952 |
GP da Itália de F1 - Monza |
Maserati A6GCM |
AB |
14/12/1952 |
Circuito da Gávea (RJ) |
Maserati |
AB |
15/03/1953 |
Subida de Teresópolis (RJ) |
Maserati |
2º |
04/06/1953 |
II Circuito de Campinas (SP) |
Maserati |
3º |
13/07/1953 |
Subida de Canoas (RJ) |
Maserati |
1º |
19/07/1953 |
Subida da Gávea (RJ) |
Maserati |
1º |
26/07/1953 |
Subida do Joá (RJ( |
Maserati |
1º |
09/08/1953 |
Subida da Tijuca (RJ) |
Maserati |
1º |
27/09/1953 |
Circuito do Maracanã (RJ) |
Masaerati |
AB |
25/10/1953 |
Cinquentenário do Grêmio Porto-alegrense
(RS) |
Maserati |
AB |
04/01/1954 |
Circuito da Gávea de 1953 (RJ) |
Maserati |
AB |
10/05/1954 |
Circuito Automobilístico da Esplanada (RJ) |
Maserati |
AB |
09/10/1954 |
Circuito do Castelo (RJ) |
Maserati |
AB |
07/09/1961 |
IV 500 Km de Interlagos (SP) |
Maserati - c/Marcelo Lemos |
8º |
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