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Página acrescentada em 01 de dezembro de 2018
 
Carlos Sgarbi
 

1969

Carlos Alberto Sgarbi, nasceu na cidade de São Paulo em 15 de junho de 1947, filho de Carlos Sgarbi Sobrinho e Gertrudes Sgarbi.
Na juventude fez parte de um grupo de amigos apaixonados por automobilismo: "- Nós tínhamos um grupo de amigos no qual o Jan Balder era o mais próximo e só se falava em automobilismo, assim conheci o Fernando Barbosa, o Stanley Ostrower , Ciro Cayres , Anatole Cirello, Chico Picciuto, Anesio Hernandes, Sunny Boy, Eduardo Celidonio, Ricardo Grazzini, os mais próximos e assim íamos assistir todas as provas." - Por e-mail.

Junto com alguns desses amigos fez um curso e foram trabalhar de bandeirinha para a APVC (Associação Paulista de Volantes de Competição) para assim poderem ver os carros de perto. Desse grupo fazia parte seu amigo Eduardo Celidonio que anos mais tarde seria presidente da APVC.

1964 - Com 17 anos participou de uma prova de kart realizada no Rio de Janeiro, passou depois três anos participando com algum destaque de provas de kartismo até surgir sua oportunidade no automobilismo.

1967 - Trabalhou por um tempo junto com o amigo Jan Balder na fábrica de volantes  "Formula 1" do também amigo Emerson Fittipaldi, até que Jan lhe ofereceu seu DKW Vemag para fazer uma corrida de estreantes, pagou um aluguel e fez em agosto de 1967 aos 20 anos de idade sua prova de estréia na pista de Interlagos. Venceu a prova e se entusiasmou, voltando com o mesmo carro a participar em setembro da "Uma hora de Calouros" em Interlagos, quando chegou em 3º lugar, em outubro correu com seu Volkswagem 1300cc acertado por Anésio Hernandes a "100 Milhas de Novatos" em Interlagos, onde chegou na 6º posição na geral e 1º em sua categoria.

Ainda em outubro foi à Curitiba (PR) participar da  "Prova Gov Paulo Pimentel" com o Volks chegando em 7º lugar na geral e em 1º na categoria. Nesse ano Celidonio comprou um Karmann Ghia equipado com motor Corvair 6 cilindros contrapostos 3 a 3 e o estrearia na IX Mil Milhas Brasileiras, mas foi chamado novamente a formar dupla com Camillo Chistofaro com a famosa  carretera nº 18, ai convidou os amigos Carlos Sgarbi e Jan Balder para estrearem o carro em corridas. A chuva tornou as condições da prova mais difíceis, mas foi por causa de uma quebra da ponta de eixo que não concluíram. Devido ao numero de voltas completadas ficaram com o 15º lugar.

1967 - Carro DKW de sua estréia Acervo: Carlos Sgarbi	1967 - Mil Milhas com Jan alder no Karmann Ghia/Corvair Acervo: Carlos Sgarbi	1968 - 500 Milhas da Guanabara Karmann Ghia/Corvair Acervo: Eduardo Celidonio

1968 - Pódio 500 Milhas da GB Acervo: Eduardo Celidonio

1968 - Nesse ano, Eduardo Celidonio assumiu a presidência da APVC e Sgarbi muito ajudou o amigo nessa administração, principalmente voltada para a segurança.

Foi à Brasília (DF) com Nathaniel Townsend (Sonny) participar da "Mil Quilômetros de Brasília", disputada no Eixo Monumental, com o Volks 1300, chegando em 8º na geral e em 1º na categoria. Ainda nesse ano participou em dupla com Celidonio no Karmann Ghia/Corvair da "I 500 Milhas da Guanabara" onde chegaram em 15º na geral e em 3º na categoria protótipos.

Em seguida foi correr, em julho, de uma prova do campeonato brasileiro em Petrópolis (RJ) com um novo Volks 1600cc. Mas a prova foi interrompida na sua 3º volta devido a um acidente que vitimou o também piloto, mas nessa prova apenas expectador, "Cacaio" (Joaquim Carlos Telles de Matos).

Nem um mês depois participou do "III 500 Quilômetros do Rio de Janeiro" no autódromo de Jacarepaguá em dupla com Celidonio no Karmann Ghia/Corvair, chegando em 3º na geral e 2º entre os protótipos. Em setembro correu a prova "250 Milhas do Rio de Janeiro" com o Fusca 1600 chegando em 3º lugar.

1969 - Começou a cursar a Faculdade de Administração de Empresas Brás Cubas, em Mogi das Cruzes, ao mesmo tempo que trabalhava no Departamento de estatística do Frigorífico Santo Amaro, empresa de seus avós.

No automobilismo começou o ano correndo o "Mil Quilômetros de Brasília" atendendo um convite do Celidonio para correrem em dupla e estrearem o protótipo Snob’s Mk I/Corvair, que herdara o motor Corvair do Karmann Ghia, que outro amigo deles do tempo dos bandeirinhas, Adilson Brunharo, havia capotado. A estréia foi boa, mas abandonaram com o motor engripado quando estavam em 3º lugar. "- O mais importante foi o período que me dediquei a construção do Snob's/Corvair 2600cc junto com o Anésio, Chico Picciuto e Ricardo Divila patrocinado por Eduardo Celidonio e pela Valvoline." - Por e-mail.

Em Jacarepaguá participou da "IV 3 Horas da Guanabara" com o VW 1600 chegando em 3º lugar. No mesmo autódromo, mas em dezembro, participou em dupla com Celidonio do "III Mil Quilômetros da Guanabara" no Snob's/Corvair., 4º na geral e 2º na cat. protótipos.
"... o "Snobs" - protótipo com motor Corvair que chegou em quarto lugar - "fumou" muito durante toda a prova, mas acabou chegando ao final." - O Jornal/RJ (21/12/1969)

1969 - Carteirinha da APVC Acervo: Carlos Sgarbi	1969 - Brasília - Estréia do Snob''s Origem: Internet	1969 - 3 Horas da Guanabara com VW 1600 Acervo: Carlos Sgarbi

1970 - Curva do Pinheirinho 3 Horas de Velocidade - Interlagos Acervo: Carlos Sgarbi

1970 - Ao se inscrever para a temporada do ano recebeu o numero 51. Participou de 12 provas começando em março no "Festival Brasileiro de Velocidade" estreando um Chevrolet Opala de 3800cc financiado e patrocinado pela Valvoline. Foi segundo classificado na 1º série, não consegui a classificação final. "-... a Valvoline através de seu diretor Ricardo Grazzini (estudamos junto no Colégio Pais Leme) sabendo que iria participar de uma prova de estreantes propôs patrocinar algumas provas, pois já havia visto algumas provas de kart e apostou no automobilismo, acabou patrocinando todas as provas que participei e de muitos outros pilotos tendo sucesso a marca do óleo lubrificante Racing Oil" - Por e-mail.

Em maio participou de duas prova ao lado de Fernando Barbosa com o Opala 51: "Torneio Sul Americano" onde conseguiram o 1º lugar na cat. Turismo Especial Brasileiro e também a "24 Horas de Interlagos" onde na volta 255 (de 350), quando Fernando pilotava quebrou a ponta de eixo ocasionando uma saída da pista na Curva do Sol. Não conseguiram mais retornar.

Na "12 Horas de Interlagos" apesar de um pequeno incidente ainda chegou em 6º lugar na geral com o Snob’s/Corvair correndo em dupla com Luis Filinto. "- ... bati na traseira do VW 4 portas do Silvinho Montenegro durante a chuva e quebrei o farol. Ele tirou muito o pé na entrada do Sargento." - Por whatsapp

Em setembro participou da "Semana da Velocidade", primeiro na prova "VII 3 Horas de Velocidade" com Opala onde chegou em 2º lugar
"... dai até o fim a corrida fica sensacional, Munhoz dá tudo em seu Volks para não perder mais a liderança, chega a derrapar algumas vezes na pista. Sgarbi toca o que dá para fugir de Montenegro (do Volks 10), que está tirando a diferença, e para tentar ultrapassar Munhoz. Mas apesar do pega violento dos três às 17h30m os carros são embandeirados..." - O Jornal/ RJ  (12/09/1970)

1970 - Opala fora na Curva do Sol Acervo: Mike Mercede	1970 - Farol quebrado na 12 Horas Acervo: Carlos Sgarbi	1970 - 3 Horas Folha de S.Pulo	1970 - 3 Horas de Velocidade Folha de S.Paulo

Depois participou também da prova "XI 500 Quilômetros de Interlagos" com o mesmo Opala nº 51, mas devido a uma quebra ficou apenas com o 10º lugar.

1970 - Diário do Paraná

Foi vencedor da primeira etapa da "4 Horas de Velocidade" no Autódromo de Pinhais em Curitiba (PR) ao volante de seu Opala nº 51; competiu em Interlagos no "GP Mackenzie" se classificando em 8º na geral e em 3º na Div. 3.

Em novembro foram 4 competições: a primeira em Tarumã (RS), na inauguração do autódromo, 2º lugar na cat. 3001/6000cc, 6 dias depois participou do "Festival de Records" na Av. Marginal Pinheiros em São Paulo onde ficou com o 6º lugar na geral e com o recorde na cat. Turismo Especial Brasileiro (189,075 Km/h). Depois foi convidado por Graziela Fernandes, também da equipe Valvoline mas usando uma Alfa Romeu GTA, para correrem em dupla a "X Mil Milhas Brasileiras".  Ambos pilotando com regularidade chegaram em 7º lugar na geral,. Com 64 carros disputando.

Participou do "Torneio Ford Corcel" com uma prova em São Paulo e outra no Rio de Janeiro. Não consegui resultados desse torneio que teve provas em Interlagos e em Jacarepaguá.

Encerrando o ano foi realizada a "Copa Brasil de Automobilismo" disputada em quatro etapas semanais, foi 8º na 4ª etapa, ficando em 14º na classificação final do torneio, ao lado de Eduardo Celidônio, Camillo Christófaro e Paulo Gomes, todos com 1 ponto cada.

1870 - Inauguração de Tarumã Acervo: Carlos Sgarbi	1970 - Festival de Recordes Av. Marginal Pinheiros Revista Auto Esporte	1970 - Mil Milhas Brasileiras com Alfa Romeu GTA Acervo: Graziela Fernandes

 
1971 - Começou o ano automobilístico disputando em janeiro a prova preliminar da corrida de F3, durante essa prova Sgarbi deu duas derrapagens seguidas chegando a subir nos barrancos da Curva do Sol. "... não vi o óleo na pista.". Mesmo assim chegou em 5º lugar.
Em março correu a "12 Horas de Interlagos" em dupla com Stanley Ostrower com o Opala 51, mas abandonaram por queima da junta do cabeçote, ficando em 19º lugar.

Na "Prova dos Campeões" a corrida da categoria Turismo, dividida em duas baterias Sgarbi fez a pole, mas logo foi ultrapassado, na segunda bateria largou bem e tomou a dianteira, mas foi ultrapassado e quebrou forçando seu abandono.

Um mês depois correu o "Torneio União e Disciplina" em Interlagos, mas novamente não teve sorte, quebrou a polia do virabrequim. Em agosto aconteceu a " 250 Milhas de Interlagos" também chamada de "Grande Prêmio Shopping Center Iguatemi" e Sgarbi disputando contra protótipos modernos chegou em 11º lugar com seu Opala 4 portas e em 4º na Div. 5.

Naquela que foi sua ultima corrida, o "XII 500 Quilômetros de Interlagos" correu com seu Chevrolet Opala 51 mas sofreu com superaquecimento e só conseguiu o 29º lugar.

Assumiu um cargo importante no Frigorífico Santo Amaro, em tempo integral e muitas viagens, então abandonou as corridas aos 24 anos de idade: "- Juntamente com o Jan Balder, Fernando Barbosa, Eduardo Celidonio e muitos outros consegui participar praticamente de todas as provas neste período de 1967 a 1971 quando fui obrigado a assumir um cargo na empresa dos meus avós." - Por e-mail

1970 - IV Etapa Copa Brasil Acervo: Rogério P D Luz	1971 -  XII 500 Quilômetros de Interlagos Acervo: Rogério P D Luz	1971 -  XII 500 Quilômetros de Interlagos Acervo: Rui Pastor

 
1974 - "- ...a convite de um amigo fui para Volkswagen em São Bernardo do Campo na linha do Passat recém lançado e em seguida fui para a Galvanoplastia 3H em Santo Amaro, depois para Relógios Hora cuidar dos painéis de instrumento do Ford Galaxie.” - por e-mail

1975 - Casou-se com Ligia Maria Caropreso Sgarbi e tiveram 4 filhos.
 

1976 - Foi convidado pelo amigo Ricardo Grazzini a trabalhar na Valvoline, onde na área administrativa ocupou o cargo de diretor industrial, estando assim no ambiente que gostava, e tendo contato com praticamente todos os pilotos e mecânicos daquele período.

2018 - Atualmente está fora do ambiente automobilístico, tem e administra um espaço com várias alternativas para eventos: Corporativos, Comemorativos, Confraternizações, Festas Temáticas e Infantis.

 

  
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