Página acrescentada em 30 de novembro de 2007.
Nilo de Barros
Vinhaes
por
Paulo Roberto Peralta
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Vinhaes e
Peralta em 2007 |
Nascido em Bagé (RS) no dia 14 de janeiro de 1930, lá passou a
infância até os 7 anos de idade quando o pai foi transferido para
Barueri (SP), seu pai era maranhense e oficial da Cavalaria do
Exercito. Em Barueri moravam na sede da Fazenda Militar onde o pai
era comandante e administrador e lá eram criados os cavalos do
batalhão, então Nilo desde cedo foi se acostumando ao trato com os
cavalos.
Depois de iniciar o curso primário em Barueri foi para o Colégio
Stafford na Alameda Cleveland bairro de Campos Elíseos em São Paulo
e ficou interno na Seção Masculina. O colégio era instalado na casa
que havia pertencido à família Santos Dumont e onde hoje funciona o
Museu da Energia de São Paulo, concluído o primário no Colégio
Stafford, passou para o Colégio Arquidiocesano no Bairro de Vila
Mariana, onde fez os dois primeiros anos do curso ginasial,
novamente como interno. Com 13 ou 14 anos mudou para o semi-interno
do Ginásio do Carmo, no Bairro da Sé, onde concluiu o curso
ginasial.
Seu pai
faleceu em 1944 e em 1946, aos 16 anos, se mudou para São Paulo,
indo morar na Rua Cardeal Arcoverde no Bairro de Pinheiros, em São
Paulo, com sua irmã e seu cunhado João Guerra que tinha uma empresa
de ônibus urbano e por uns tempos trabalhou na empresa do cunhado,
chegou a criar umas duas linhas novas, eram suas apesar de ficarem
em nome da empresa. Depois foi trabalhar em uma loja de ferramentas
na Rua Florêncio de Abreu, a “Antunes Freixo”, em seguida trabalhou
no “Banco Cruzeiro do Sul” e finalmente nas “Lojas Garbo”, por essa
época estava cursando o científico, tempos difíceis, o curso não se
iniciou imediatamente ao ginásio e também sofreu interrupções e
quando terminou não ingressou logo na faculdade, se dedicou ao
automobilismo, já tinha então alguns amigos automobilistas e com
eles freqüentava a pista de Interlagos.
Aos 24
anos saiu das “Lojas Garbo” e passou a trabalhar por conta própria,
montou uma loja de automóveis na Avenida Brigadeiro Luiz Antonio,
era vizinho do “seu Santos” (Valentin dos Santos Diniz) dono da
Doceira Pão de Açúcar, que mais tarde deu origem ao Grupo Pão de
Açúcar.
Diz que pouco depois, já com 25 anos, comprou um carro Maserati com
motor Cadillac da categoria Mecânica Nacional e com ele estreou nas
competições (não encontrei nenhum registro, mas afinal nossos
clubes e federações não primam em organização).
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Prova não identificada com a data no
verso: 25/01/1960 |
Mudou a
loja para a Av. Santo Amaro, tradicional reduto de lojas e oficinas
de preparação, na esquina com a Rua Baltazar da Veiga no Bairro Vila
Nova Conceição.
A partir
de 1960 passou a correr com DKW Vemag:
"-
Eu tinha um DKW de uso, e como na pista eu via uns DKW andando bem,
gostei e comecei a mexer no meu”.
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1961 -
500 Quilômetros de Interlagos
Treinando no Maserati/Cadillac - Mecânica Nacional |
Em 1961
participando da prova “IV 500 Quilômetros de Interlagos”, que era
disputada pelo anel externo (circuito antigo) com sua Maserati/Cadillac
em parceria com Afonso Pezotto e já tendo cumprido sua parte na
prova estava no box quando o carro de Jaime Guerra entrou com muita
velocidade e atropelou José Gimenez Lopes e
Victor Losacco, Gimenez sobreviveu
mas Victor faleceu em conseqüência dos ferimentos sofridos.
“- Foi
uma coisa que marcou muito, eu estava conversando com o Wilson, o
“Barão”, e ele estava de costas para o lado de onde vinham os carros
e eu estava de frente, quando vi aquele carro vindo, o box naquela
época tinha um murinho assim baixo, então eu agarrei o Wilson pelos
braços e me joguei lá para dentro levando ele junto, senão tinha
pego nós dois também, o Gimenez estava no box pegado ao meu, depois
era o do Losacco”.
Ainda em 1961 fez dupla com “Jaú” (Pedro Aguera Oliver) na “VI Mil
Milhas Brasileiras” na carretera dele, um Ford/Thunderbird, mas na
3ª volta a carretera quebrou na Curva do Cotovelo (Bico de Pato). Em
1961 fechou a loja e abriu, no mesmo local, uma oficina.
“- Depois da mudança fiquei com a loja mais uns 3 ou 4 anos, já
corria, depois fechei a loja e montei uma oficina só de preparação
de carros de corrida, no mesmo local”.
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1962 - 3
Horas de Velocidade |
A partir
de 1962 passou a correr só de DKW e em sua primeira prova com o
carro, “I 12 Horas de Interlagos”, foi desclassificado:
“O DKW de Nilo Vinhaes chocou-se com o JK de Baby Loureiro e foi
para fora da pista. Guardas e populares auxiliaram o carro a entrar
na competição. Em virtude do “auxilio” o carro foi desclassificado.”
(FSP - 26/01/1962)
Depois
participou de provas em Interlagos, Aterro da Glória no Rio,
Petrópolis, Araraquara e o GP Estrada da Produção no RS.
Final de
62 montou com os amigos Sergio Micheloni e Roberto Dal Pont e também
“Zé Peixinho” (José dos Santos Filho) e Ítalo a equipe “Tô-aí”.
“- Eles já corriam, tanto o Roberto como o Sergio levavam os carros
para arrumar na minha oficina, a gente preparava os carros, mas cada
um corria individualmente. Depois de um tempo nós resolvemos nos
juntar e montar a Escuderia”.
Participaram como equipe pela 1ª vez correndo em trio a prova “I 500
Milhas de Interlagos” em 1962, e na largada aconteceu um episódio no
mínimo engraçado, na largada estilo Le Mans um outro piloto,
Leucadio Peluzzi, entrou no carro de Nilo por engano, os dois
corriam com DKW Vemag.
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Premiação no ACESP em 1962, com
Flodoardo Arouca, o “Volante 13” |
Na prova
“II 12 Horas de Interlagos” em 1963 a equipe cresceu:
“- Aí entrou também na equipe o “O’Hara”, que era o Arouca (Flodoardo
Arouca)...”
Participaram então com dois carros DKW, o seu nº 20 e o nº 16, do
Roberto Dal Pont, foram 4 pilotos se revezando ao volante de dois
carros.
A prova
seguinte, ”I 12 Horas de Brasília”, fez dupla em seu DKW com
Norman Casari, ficaram em 2º na
Categoria B, depois na “II 3 Horas de Velocidade” em Interlagos o
carro ficou sem combustível e os mecânicos o reabasteceram na pista,
o que não era permitido, foi então desclassificado, fazia dupla com
o “Volante 13” (Flodoardo Arouca), e segundo jornais da época era
ele quem pilotava na ocasião.
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1964 -
Belcar, chassis em xis e DKW Vinhaes |
Final de
1963 ou início de 1964 foi à fazenda de Rino Malzoni em Matão (SP),
que estava desenvolvendo o Malzoni GT para a Equipe Vemag, e lá viu
uma carroceria DKW de alumínio, muito leve, sem nada, só a
carroceria.
“- Aí que fiz? Eu pedi pro Rino e ele me deu. Estava lá, encostada,
jogada num canto, de alumínio. Aí eu trouxe a carroceria para São
Paulo e levei para um funileiro ali numa travessa da Av. Sto. Amaro
e nós cortamos toda ela e fizemos o protótipo. Tiramos a traseira
fora, abaixamos o teto, fizemos um monte de coisas”.
A idéia
de cortar foi dada por um engenheiro alemão que trabalhava na “ZF”,
que fazia câmbios, ele disse:
“-...lá a gente corta aqui
reto assim, dá maior turbulência”.
Vinhaes
gostou da idéia e mandou um funileiro executar:
“- ...na época ele me falou
os termos técnicos, e que isso ajudava o carro a desenvolver maior
velocidade, e o carro mais curto ficou mais fácil de dirigir. O
entre eixos não foi mexido, só a carroceria, o tanque passou para
dentro do carro, teve que mexer, o tanque ia embaixo do porta-malas
e não tinha mais porta-malas, então o tanque ficava no lugar do
banco traseiro, um tanque de 100 litros eu coloquei”.
A
possibilidade dessa modificação tem sua explicação na própria
estrutura do carro: ele tinha um chassis em formato de “xis” que
acabava justamente no eixo traseiro, portando o porta malas não
tinha estrutura nenhuma. Seu nome oficial era protótipo
DKW Vinhaes,
mas
surgiram também algumas versões sobre sua origem: uns diziam que o DKW original havia sofrido uma batida na traseira e por ser mais
barato e rápido simplesmente cortou-se o porta-malas. Outros diziam
que como a perua Vemaguete tinha duas portas e o sedan quatro, então
o protótipo havia sido feito a partir da perua, pois também tinha
duas portas, e com o tempo essas versões viraram folclore.
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Sua carteira de piloto do ano de 1964 |
A estréia foi na prova “GP Vitória da Democracia” em 1964, que
colaborava com a campanha “Dê ouro para o bem do Brasil” lançada
pela TV Tupi e Diários Associados, e logo aquele DKW com a traseira
cortada ganhou, nas arquibancadas, o apelido de “DKW Pé-na-Bunda”.
Ainda em
1964 já na segunda corrida com esse protótipo, “6 Horas de
Velocidade” , correndo em dupla com “Zé Peixinho” (José dos Santos
Filho) conseguiram o 1º lugar na categoria.
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1964 - Com
Eduardo Celidonio no DWK Vinhaes |
Depois
de disputar uma prova na Barra da Tijuca, "II 100 Milhas da
Guanabara" em julho, fez dupla com
Eduardo Celidonio em duas provas: "1000 Quilômetros de
Interlagos" e "VII 500 Quilômetros de Interlagos", e nas duas foi
novamente 1º na categoria, logo depois foi convidado por Waldimir
Fakri para fazer dupla na prova “I 250 Milhas de Interlagos” com a
Ferrari/Lancia V6 deste. Ficaram em 3º lugar na categoria até
3.300cc.
Em 1965
só fez provas longas, de resistência, fazendo dupla com Lauro
Soares, Waldomiro Pieski e ,novamente, Roberto Dal Pont.
Quando a prova era de Turismo, não admitindo Protótipos, era só
tirar a carroceria do protótipo e colocar o carroceria original, de
turismo, o que era possível graças ao sistema construtivo do carro:
chassi e carroceria separados,.
”- Era o mesmo carro, eu só tirava a carroceria do protótipo fora e
colocava a original”.
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1965 - 12 Hs
de Interlagos sendo ultrapassado pelo Simca Abarth, o
"bicho papão" da época |
1965 - VII Mil Milhas Brasileiras
No box ao lado do FNM/JK de Jaime Pistili |
1965 - VII Mil Milhas Brasileiras
Com Roberto Dal Pont |
Em 1966,
já com 36 anos, na prova “III 24 Horas de Interlagos”, fez a
largada, estilo Le Mans, correu três horas e já no fim delas começou
a neblina, passou o carro para o parceiro e foi se ajeitar para
descansar, tentar uma soneca, aí o pessoal da equipe veio correndo
avisar que o parceiro estava fazendo volta com mais de sete minutos,
então reassumiu e enquanto durou a neblina foi assim, ele guiava
três horas, o parceiro dava 2 ou 3 voltas e ele reassumia.
“
- ...como ele patrocinou tudo eu o peguei para correr comigo, mas
ele na neblina não enxergava, então quase que corri sozinho. Eu não
me lembro o nome dele, acho que era o Barrancano”.
Parou de
correr em 1966, aos 36 anos de idade, vendeu a oficina para o Lauro
Soares e junto foi o protótipo, não sabe que fim levou.
“- Aí acabou, as fábricas acabaram com o negócio de corridas de
automóvel, a Vemag saiu fora, todo mundo saiu fora, aí eu parei de
correr, não tinha condições de ter os carros competitivos, e também
já estava numa idade de parar. Quando eu parei acabei com tudo”.
Logo
depois de parar ingressou na faculdade de advocacia, durante o curso
se casou, mas não teve filhos. Mudou-se para Santo André (SP) e lá
exerceu a advocacia até se aposentar, quando passou a criar cavalos.
“- Meu pai era oficial da cavalaria, eu sempre gostei de cavalo e
sempre tive, mesmo quando eu corria eu tinha sítio, chácara, eu
sempre tive cavalo, desde 10 anos de idade. E não criei só
Manga-Larga, criei Crioulo, depois criei Inglês, depois é que veio o
Manga-Larga”.
Após
parar de correr nunca mais voltou à Interlagos, automobilismo só
pela TV.
Nilo faleceu em 5 de agosto de 2015 aos 85 anos de idade.
Tabela
de participações e resultados
(o que foi possível levantar)
25/01/1960 -
Prova não identificada - Interlagos/SP
- DKW Vemag 981cc nº 20 -
ND
07/09/1961-
IV
500 Quilômetros
de Interlagos/ SP - Maserati/Cadillac
5.290cc nº 68 - C/Afonso Pezotto -
25º na geral e
14º na M.N.
25/11/1961 - VI Mil Milhas Brasileiras - Interlagos/SP
- Ford/Thunderbird
4.785cc nº 35 - C/Pedro "Jaú" Aguera- TFL
- AB
25/01/1962
- I 12 Horas de Interlagos/SP
- DKW Vemag 981cc nº 20 - C/Pedro "Jaú" Aguera -
T-1.3 - ND
07*04/1962 - I Premio Aniversário ACESP - Interlagos/SP
- DKW
Vemag 981cc nº 20 - 5º
na geral e 4º na T-1.0
20/05/1962
- I Festival Automobilístico ACESP - Interlagos/SP
- DKW Vemag 981cc nº 20 -
4º na
geral e 4º na T-1.3
27/05/1962 - I Cem Milhas da Guanabara/RJ - Aterro da Glória
- DKW
Vemag 981cc nº 20 - 6º
na geral e 2º na T-1.0
22/07/1962
- VII Circuito de Petrópolis/ RJ - DKW
Vemag 981cc nº 20 -
5º na geral e 3º
na T-1.0
19/08/1962 - I Circuito de Araraquara/SP - Gr. I
- DKW
Vemag 981cc nº 20 - 9º
na geral e 5º na T-1.0
02/09/1962
- I 3 Horas de Velocidade - Interlagos/SP
- DKW Vemag 981cc nº 20 -
C/Gino Bacarin -
21º
na geral e 8º na T-1.0
20/09/1962 - 6 Horas da Guanabara/RJ - Barra da Tijuca
- DKW Vemag 981cc nº 20 - T-1.0
- ND
08/12/1962
- I
500 Milhas
de Interlagos/SP
- DKW Vemag 981cc nº 20 -
C/Sérgio Micheloni/Roberto Dal Pont
-
9º na geral e 3º
na T-1.0
27/01/1963 - GP Estrada da Produção - Carazinho - P.Alegre/RS
- DKW
Vemag 981cc nº 83 - ND
na geral e 6º na Cat. B
10/03/1963
- II 12 Horas de Interlagos/SP
- DKW Vemag 981cc nº 16 -
C/Sérgio Micheloni/Roberto Dal Pont/O'Hara -
10º
na geral e 5º na T-1.3
10/03/1963 - II 12 Horas de Interlagos/SP
- DKW
Vemag 981cc nº 20 - C/Sérgio Micheloni/Roberto Dal Pont/O'Hara - 17º
na geral e 8º na T-1.3
28/04/1963
- I 12 Horas de Brasília/ DF - Trampolim do Eixo
- DKW Vemag 981cc nº 20 -
C/Norman Casari -
8º
na geral e 2º na B
01/09/1963 - II 3 Horas de Velocidade - Interlagos/SP
- DKW
Vemag 981cc nº 20 C/"Volante 13"- T-1.0 - DQ
(Falta de
gasolina, foi reabastecido na pista)
23/11/1963
- 1600 Quilômetros de Interlagos/SP - DKW
Vemag 981cc nº 20 - C/Luis Polastri - ND
05/07/1964
- GP Vitória da Democracia - Interlagos/SP
- DKW Vinhaes 1.089cc nº
20 - 11º
na geral e 9º na PT
19/07/1964 - I 6 Horas de Interlagos/SP
- DKW
Vinhaes 1.089cc nº 20 - C/Zé Peixinho (José dos Santos Filho) - 17º
na geral e 1º na PT
26/07/1964
- II
100 Milhas
da Guanabara/RJ - Barra da Tijuca
- DKW Vinhaes 1.089cc nº
20 - 11º
na geral e 3º na PT
15/08/1964 - I
1000 Quilômetros
de Interlagos/SP - DKW
Vinhaes 1.089cc nº 20 - C/Eduardo Celidonio - 3º
na geral e 1º na PT
07/09/1964
- VII
500 Quilômetros
de Interlagos/SP - DKW
Vinhaes 1.089cc nº 20 - C/Eduardo Celidonio - 11º
na geral e 1º na
PT
27/09/1964 - I
250 Milhas
de Interlagos/SP
- Ferrari/Lancia
2.451cc nº 74 - C/Waldimir Fakri - 8º
na geral e 3º na MN-3.3
10/10/1964
- I Premio Simon Bolivar - Interlagos/SP
- DKW Vinhaes 1.089cc nº
20 - 10º
na geral e 2º na PT
27/03/1965 - II
1600 Quilômetros
de Interlagos/SP - DKW
Vemag 1.089cc nº 20 - C/Lauro Soares - 24º
na geral e 15º na T-1.6
23/05/1965
- III 12 Horas de Interlagos/SP
- DKW Vinhaes 1.089cc nº
20 - C/Waldomiro Pieski - 15º
na geral e 2º na PT
27/11/1965 - VII Mil Milhas Brasileiras - Interlagos/SP
- DKW
Vinhaes 1.089cc nº 20 - C/Roberto Dal Pont - 24º
na geral e 13º na T-1.3
28/05/1966
- III 24 Horas de Interlagos/SP
- DKW Vemag 981cc nº 20 -
C/Bruno Barrancano -
39º na geral e
26º na T-1.3
14/08/1966 - VI Circuito de Piracicaba/SP
- DKW
Vemag 981cc nº 20 - 7º
na geral e 4º na T-1.3
04/09/1966 - V 3
Horas de Velocidade - Interlagos (SP) -
DKW
Vemag 981cc nº 20 -
16º
na geral e 8º na T-1.3
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