1971

Gaúcho, nascido em Porto Alegre, no dia 23 de dezembro de 1944, era filho de José Hurevil de Marchi e Rosinha Ody de Marchi. Passou sua infância e adolescência em Porto Alegre.

Seu gosto por automobilismo deve ter sido influencia do seu primo (ou tio como dizem alguns sites) Nelson Luiz Barro, ele que em 1965 comprou um Simca e começou a participar de provas de estrada, algumas de terra.

Em 1968 juntamente com um grupo de aficionados, Nelson  (o primo) fundou a Associação Guaporense de Automobilismo (A.G.A.), com o objetivo de construir um autódromo, o que acabou acontecendo, em dezembro de 1969, ainda com uma pista de terra impregnada com óleo queimado foi realizada sua primeira corrida.

O fato é que em 1969 De Marchi fez sua primeira corrida (pelo menos oficial): prova da "Rodovia Presidente Kennedy (RS) com um FNM/JK, e teve um bom resultado: 8º lugar.
Também correu, ainda em 1969, a "Prova do Jacui" (RS) com o mesmo FNM/JK, repetindo o 8º lugar.

Em agosto de 1969 fez dupla com seu primo (tio) Nelson e venceram em sua categoria, (T+1.6), o "500 Quilômetros de Joaçaba" (SC) pilotando o Simca nº 34.

Em outubro e novembro corre com um VW 4 portas a "Prova Rio das Antas" e "Circuito Encosta da Serra", classificando entre os três primeiros.
Na prova "Encosta da Serra" teve o para brisa do seu VW 4 portas estourado, o que prejudicou seu resultado na geral, mas foi 3º na categoria.

Após a Encosta da Serra, se inscreveu, em dupla com Leonel Friedrich, com um VW sedã para o "III Mil Quilômetros da Guanabara" (RJ), mas não participaram, ficaram só na inscrição.

Em 1970 participou apenas de uma prova, o "Festival Automobilístico Praias do Atlântico Sul", realizada em Imbé (RS)

Correu na primeira temporada da Fórmula Ford em 1971 (carro 8) pela Associação Guaporense de Automobilismo (AGA) ao lado do primo Nelson (carro 7), tanto no Campeonato Gaúcho quanto no Brasileiro.

Além de competir, José Luiz De Marchi (o"Zaíco") participava de iniciativas para fomentar o automobilismo em Guaporé, como treinos e eventos locais organizados pela AGA e também integrou grupos de entusiastas contribuindo para o desenvolvimento do esporte na região.
Seu "ganha pão" (principal fonte de renda): provavelmente derivava do automobilismo, incluindo premiações de corridas, patrocínios locais e remuneração como instrutor na escola de pilotagem de Cláudio Mueller. A estrutura da escola tinha alguns Fórmula Vês e as aulas eram dadas por Mueller, José Luiz de Marchi e o construtor uruguaio Hugo Bertele.

Na primeira prova do Brasileiro de 1971, ele, na pista, chegou em 5º lugar, mas como o vencedor e o terceiro colocado foram desclassificados, subiu para o 3º lugar.

Ainda em 1971 correu uma prova do Campeonato Brasileiro de Turismo em dupla com Vlademir Soares, chegando em 7º lugar da categoria T-1.6 com um VW Sedã.

Depois de participar das primeiras provas, tanto do Campeonato Gaúcho quanto do Brasileiro de F-Ford foi que aconteceu a sua maior conquista no automobilismo, a vitória na "IV 12 Horas de Porto Alegre", tradicional prova do calendário gaúcho que voltou a ser disputada em 1971, quase três anos após sua ultima realização, no antigo Circuito da Vila Nova/Cavalhada.
De Machi competiu (a convite) ao lado dos pilotos paulistas: Pedro Victor De Lamare e Carlos Quartin de Moraes. Com uma pilotagem perfeita não encontraram dificuldades no caminho da vitória ao volante do incrível Opala azul nº 84, um carro revolucionário para a época, preparado pelo argentino Jorge Cupeiro.

1972, ainda correndo pela AGA,começou a temporada do Brasileiro de Formula Ford com um bom resultado, 3º lugar.

Em 1973 passou para a equipe Shelton da Fórmula Ford, ao lado de Clovis de Moraes e também era coordenador da equipe de Carlos Berta na Formula Ford. Carlos corria com o nº 8 e ele com o nº 23, da equipe Shelton.

De Marchi repetiu mais uma vitória em provas longas, foi na "6 Horas de Tarumã" (RS) de 1974, com um Ford Maverick nº 91, dividindo o volante com  "Janjão" Freire e João Schmidt.

A Partir de 1975 competiu com o Opala nº 27 da Equipe Sagitário no Gaúcho de Divisão 3, e nas provas longas da Divisão 1 correu com Alfredo Oliveira e Francisco Feoli, como, por exemplo, a "VIII 12 Horas de Porto Alegre" que correu com Francisco Feoli.

Seguiu mais um tempo alternando entre as categorias Divisão 1 e 3 até abandonar as pistas.
Em julho de 2007, foi diagnosticado um câncer cerebral, que foi removido parcialmente. Essa cirurgia deixou odos os membros da direita paralisados e sequelas no cérebro. Durante ano e meio "Zaico" (seu apelido) locomoveu-se em cadeira de rodas. Vindo a falecer em 29 de dezembro, no Hospital Mãe de Deus.