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Página acrescentada em 17 de agosto de 2025.
Nasceu em São Paulo, filha do educador João Carlos da Silva Borges e Dna. Guiomar. Teve um irmão, mais velho, João Carlos da Silva Borges Filho, médico legista do Estado de São Paulo que veio a falecer repentinamente em 23 de março de 1924, antes de Dulce começar a correr. Casou-se com o Sr. Antônio dos Santos Barreiros (de quem herdou o sobrenome Barreiros ), ttiveram três filhos que lhes deram sete netos. Deve ter se casado cedo pois já as primeiras noticias sobre corridas já a nomeavam com esse sobrenome.
Em 02 de maio de1926 foi
promovida pelo jornal paulistano "São Paulo Jornal" uma corrida de
automóveis na rampa da Av. Brigadeiro Luiz Antonio em beneficio da
"Assistência aos Lázaros". Dulce participou (com 20 anos)
da "Taça Washington Luiz" em um
automóvel Lincoln, mas não se sabe a colocação.
"- Meu carro era um Lincoln onde estou de pé sobre o estribo, todos os domingos ia com ele fazer o corso na Avenida Paulista. Era um hábito muito chique, cultivado por gente importante que desfilava com seus carrões, um mais lindo que o outro...” Já na prova seguinte, em 09 de maio de 1926 foi realizada a "Taça Dr. Almeida Filho", na rampa da Av. Brigadeiro Luiz Antonio, com o automóvel Lincoln Dulce chegou em 6º lugar na classe Turismo, já Nascimento Junior, assumindo seu nome verdadeiro foi o 4º lugar na classe Turismo até 5000cc.
"-
Num dia de 1926, um moço muito elegante bateu à minha porta, era o
conde Eduardo Matarazzo, ele disse assim: ‘Desculpe a minha ousadia
Dona Dulce, mas eu sou representante da fábrica dos automóveis
Bugatti no Brasil e gostaria que a senhora o exibisse pela Avenida
Paulista’. Em 15 de agosto de 1926 aconteceu a "I Taça Rei do Volante" como parte do "Circuito da Cidade de São Paulo", que incluía três provas (Duas de habilidade e uma de velocidade). Nascimento Junior venceu a prova de velocidade com um carro Marmon, conquistando o titulo de "Rei do Volante", na ocasião disputou-se a "Taça Rainha do Volante", para mulheres, sendo vencedora Dulce Barreiros
A próxima prova foi o "Quilometro Lançado" disputado na Av. Paulista em 12 de setembro de 1926, onde conseguiu sua segunda vitória. Com o Lincoln venceu na classe Turismo até 5000cc. com o tempo de 31s e 3/5, consagrando-a como a "Rainha do Volante", a mídia só a chamava assim..
Essas vitórias foram notáveis o
suficiente para destaca-la como uma competidora de destaque em um
campo dominado por homens. Sua vitória nas corridas ressaltou sua
habilidade e ousadia, garantindo-lhe o reconhecimento como uma
automobilista pioneira.
Só em 14 de agosto de 1927
aconteceu a disputa da II Taça "Rei do Volante", no
Circuito do Vale do Pacaembu, homenageando a tripulação do
hidroavião "Jahu", na ocasião
disputou-se também a Taça "Rainha do Volante" onde Dulce correu com
uma Bugatti, sagrando-se a vencedora, sua segunda vitória nessa
prova.
Passou a ser nomeada na imprensa como a "Rainha do Volante".
No inicio de 1928 o jornal "Diário Nacional" promoveu uma votação para escolher os cinco mais completos esportistas de S.Paulo e a rainha dos esportes, não tenho o resultado final, mas em 25 de janeiro ela tinha quase o dobro dos votos da que estava em 2º lugar. Deve ter ganho, a votação se encerraria em seis dias, 31 de janeiro. Venceu, o jornal "Diário Nacional" do dia 23 de fevereiro convocava os vencedores para a entrega dos prêmios. Ela recebeu a prêmio de "Rainha dos Esportes".
Ela se filiou ao Partido
Constitucionalista em 1932, durante a
Revolução Constitucionalista
de 1932, um movimento que buscava a reconstitucionalização do
Brasil. Desenvolveu gosto pelos esportes em geral, encontrei noticia dela participando da comissão organizadora de uma prova de pedestrianismo, "Grande Prova Jardim Paulista" (29 de junho de 1937) Dia de São Pedro.
Dona Dulce como era chamada
então, era considerada uma “Adhemarista”, apoiadora de
Adhemar de
Barros, um importante político de São Paulo, indicando seu
envolvimento com os círculos políticos e sociais locais. Chegou a
ser assessora de Ademar de Barros que ocupou
vários cargos importantes, incluindo o de governador de São Paulo.
Ademar de Barros foi uma figura influente na política paulista e
brasileira durante meados do século XX.
Dulce Borges Barreiros, também
conhecida como Dona Dulcinha, morou no Itaim Bibi por mais de 50
anos e se transformou numa daquelas personagens eternas de São
Paulo, citadas pelos memorialistas que apreciam as boas lembranças
(se morreu em 1999 deve ter se mudado para lá no final dos anos 40).
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