E
surge um piloto
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Em 1965, o então jovem,
Jaime Pistili, com 29 anos, era fã do
automobilismo, sem ter no entanto ambições de se tornar um
piloto, de competir, era mais um torcedor do
Camillo Christofaro, o "Lobo do Canindé", e
sua famosa carretera número 18. Tanto que ao constatar um problema
mecânico em seu carro de seu uso pessoal, um FNM/JK, levou o carro à oficina do
ídolo para consertar.
Lá chegando, feito o diagnostico e
acertado o preço e o prazo, notou na oficina um carro Gordini todo
preparado, com número, santo-antonio, e tudo o mais.
Aí
aconteceu o seguinte diálogo:
- Legal esse carro. O cara é bom?
- Esse carro é de uma moça, a Ivani*, e sim, ela corre muito bem,
ganha de muito marmanjo que se acha bom.
- Não acredito. Se eu fosse competir com uma moça e perdesse,
rasgava minha carta e não dirigia mais.
- Quer apostar? Vai ter uma corrida de estreantes e novatos, você
corre e se ganhar dela, não paga o conserto, mas se perder paga em
dobro e ainda quero ver rasgar sua carta na minha frente. Aposta?
- Tudo bem, eu topo, mas você prepara meu carro para a pista, certo?
- Feito!
Inscreveu-se, treinou e no dia da corrida ganhou não só da moça, mas
chegou em primeiro colocado na geral. Aí não teve jeito, o vírus da
velocidade se instalou e ele correu todas as outras provas do
campeonato e foi o campeão na categoria Estreantes e Novatos no ano
de 1965. E continuou correndo por cinco anos, chegando inclusive a
pilotar na prestigiada equipe Jolly-Gancia.
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Camila Meméia
* Ivani Aranha, filha do advogado José Aranha, que tinha o apelido
de "Camila Meméia" porque seu instrutor era o Camillo Christofaro, já havia
até então participado
de 3 provas:
II Festival de Marcas - Prova para carros VW (9º
lugar);
GP José de San Martin - Estreantes e Novatos (8º lugar) e
Corrida do Biquíni - Só para mulheres (4º lugar)
e mais a da aposta, que
ela nem ficou sabendo:
Prova 3° Aniversário da A.P.V.C., onde foi 8º classificada.
Não tenho notícias se continuou ou se participou só naquele ano.
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