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Página acrescentada em 04 de
dezembro de 2025.
Edmundo
"Dinho" Bonotti
(Edmundo André Bonotti)
Nascimento:
1932 - Faecimento:
05/09/1963
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1963 |
Edmundo "Dinho" Bonotti, nasceu
em São Pauo no bairro da Penha em 1932, não consegui o dia nem o
mês, era filho de Edmundo Guilherme Emilio Bonotti e Leonor Manzano
Bonotti.
Era casado com Antonieta Tomeo Bonotti, e tiveram uma filha, Ana
Maria,
Seu pai era sócio da Retifica "Repamo", onde "Dinho" naturalmente foi
trabalhar, lá também trabalhava o automobilista:
Raphael Gargiulo. A
loja era frequentada por vários mecânicos, entre eles
Caetano Damiani, que ficou
conhecendo “Dinho” em 1957 e
comprou dele um carro Chevrolet 1930, mas pouco tempo
depois vendeu de volta pois Dinho pretendia fazer uma
carretera.
"Dinho" tinha 24 anos de idade e Caetano 27.
Numa oficina na Penha "Dinho" desmontou o carro, tirou a carroceria,
instalou um motor 235” de caminhão, 6 cilindros, mas o trabalho foi
ficando demorado e acabou desistindo, perguntou se Caetano queria
recomprar o carro, e ele aceitou, levou para sua oficina em
Guarulhos para terminar o trabalho. Como gostava de corridas de
automóvel e era fã de Juan Manuel Fangio usou a carretera para
se iniciar n automobilismo..
Já a estréia de "Dinho" só se
realizou em 25 de agosto de 1957 na quarta prova do Cinquentenário
do AC,B com uma carretera Ford e não passou da 1ª volta, o carro
quebrou. e teve que abandonar.
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1957 - Carro
fervendo |
Sua próxima prova foi a "II Mil
Milhas Brasileiras" em parceria com
Caetano Damiani numa carretera
Ford, onde ele havia feito uma adaptação tentando evitar que o motor
fervesse. Nessa prova usou o apelido de “Gino Borgesa” (personagem
de um piloto de F1 interpretado pelo ator Kirk Douglas no filme “The
Racers” de 1955).
“- Mudamos o tanque, ao invés de gasolina era água, e o de
gasolina era dentro do carro, comprei um tanque de avião, de
alumínio grosso com um revestimento em volta, aí colocamos no lugar
do banco traseiro e adaptamos uma bomba ali perto da cambio com
mangueira para levar água para o radiador. Não adiantou, ferveu até
o tanque. Saia vapor pelo bocal do tanque, chegamos em 27º lugar,
por conta das paradas ” (Caetano Damiani)
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1958 -
Camillo Especial/Corvette |
Só voltou a correr em 1958 no "II
500 Quilômetros de Interlagos".
Dinho pegou emprestado o “Camillo Especial/Corvette” de
Camillo Christofaro e chamou
Caetano para parceiro. Camillo estreava seu novo carro, um Alfa
Romeo/Corvette, e inscreveu o "Piloto H" como reserva, mas ele
correu mesmo com Caetano com o apelido de “Piloto H”. Mas na prova
não foi bem, capotou o carro na curva 3 (circuito antigo) na volta
38, acho que Caetano nem chegou a pilotar, pelo numero de voltas
ficou com o 24º lugar.
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Luciano
Bonini cuidando da 34 |
Só três anos depois voltou a
correr, em 1961 a "VI Mil Milhas Brasileiras", numa carretera
Chevrolet, mas dessa vez em parceria com Luciano Bonini, mecânico,
preparador e piloto.
Não foram bem, abandonaram logo no inicio da prova.
Dinho levou um Chevrolet 1934
para o Enzo Brizzi fazer, mas ele demorou,
nunca terminava, então levou para a oficina de Bonini, para fazer a
carretera, e Bonini resolveu fazer no chassi da carretera também uma
carroceria de Mecânica Nacional ("charuto!), ficava intercambiável.
“- Essa carroceria "charuto" foi o Bonini que fez, o último a
fazer o carro foi o Bonini, Luciano Bonini. Aí ele fez o “charuto” e
Dinho começou a treinar, gastou uma nota, ele gostava, tinha tudo de
melhor, tanto que ele fez 3 viagens aos EUA para comprar um motor
envenenado. O Dinho levou até o mapa de Interlagos, o preparador
quis o mapa de Interlagos, para poder fazer, sabe, pinhão e coroa,
medida de pneu. Mas o carro, do jeito que ele preparou, quando você
entrava no miolo, depois da Ferradura, tinha que fazer todo o resto
em 3ª, só na reta por fora era 4ª, tinha um passo de diferencial
muito longo..." (Caetano Damiani)
Ai se inscreveu para o "VI 500
Quilômetros de Interlagos" que seria em 07 de setembro de 1963, e
com o Mecânica Nacional começou a treinar. No treino do dia 05
aconteceu o acidente fatal, "Dinho" se acidentou e faleceu aos 31
anos de idade.
Para descreve-lo tem um texto
escrito por Jan Balder, ex-piloto que estava presente e assistiu
tudo, “... o piloto Edmundo “Dinho” Bonotti estava na curva da chegada,
que se tornava de alta velocidade quando o traçado era feito pelo
anel externo com os possantes Chevrolet Corvette V8, embalando muito
na subida desde a Curva 3.
Bonotti entrou de “pé embaixo” e atravessou de lado, tentando
corrigir a trajetória mantendo o pedal do acelerador no fundo. Ele
virou “passageiro”. O carro adentrou a parte traseira dos boxes,
atingiu expectadores, batendo na sarjeta, e saiu voando com o motor
ainda em funcionamento. Edmundo Bonotti caiu do carro e morreu
instantaneamente. O automóvel ainda passou toda a área do pequeno
paddock e aterrissou bem longe, perto da árvore da Curva do
Pinheirinho”. (Jan Balder, no livro “Nos Bastidores do
Automobilismo” - editora Tempo & Memória - 2004).
Edmundo "Dinho"
Bonotti está
entre as personalidades do automobilismo que a cidade de São Paulo
homenageou em 1968 batizando uma rua perto do circuito de Interlagos
com seu nome.
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TABELA DE PARTICIPAÇÕES E RESULTADOS (Colaboração
de Ricardo Cunha) |
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Data |
Prova |
Carro |
Nº |
Classificação |
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25/08/1957 |
IV Prova Cinquentenário do
ACB - Interlagos (SP) |
Carretera Ford |
85 |
AB (1ª volta) |
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23 e 24/11/1957 |
II Mil Milhas Brasileiras -
Interlagos/SP - c/Caetano Damiani |
Carretera Ford |
88 |
27º lugar |
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07/09/1958 |
II 500 Quilômetros de
Interlagos/SP - c/Caetano Damiani |
Camillo Special/Corvette |
68 |
AB (38ª volta) |
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25 e 26/11/1961 |
VI Mil Milhas Brasileiras -
Interlagos/SP - c/Luciano Bonini |
Carretera Chevrolet |
34 |
AB |
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07/09/1963 |
VI 500 Quilômetros de
Interlagos/SP - c/Luciano Bonini |
Bonini Corvette |
34 |
Acidente fatal |
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