- Cascavel
-
Autódromo Zilmar Beux
- O
Autódromo Zilmar Beux
foi inaugurado em 22 de abril de 1973
no município de Cascavel (PR)
-
Cascavel
está localizada na região oeste do Paraná a 507 quilômetros de
Curitiba, capital do Estado, e a 130 de Foz do Iguaçu. O povoamento da área atual do município iniciou-se no
final da década de 10 por caboclos e descendentes de imigrantes
eslavos, era o inicio do ciclo da erva mate.
A
vila começou a se formar em 28 de março de 1928 quando José Silvério
de Oliveira arrendou umas terras próximas a Encruzilhada dos
Gomes, no entroncamento de várias trilhas abertas por
ervateiros e tropeiros, onde montou seu armazém no local onde hoje
é o bairro Cascavel Velho.
A
cidade atualmente tem 2.061 km2 e população de aproximadamente 250
mil habitantes.
Na década de 1930, com o ciclo da erva-mate extinto, iniciou-se o
ciclo da madeira. Nas décadas de 30 e 40, esse novo ciclo atraiu
grande numero de famílias do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina
descendentes de poloneses, alemães, italianos, ucranianos e também
caboclos, que começaram a exploração da madeira e mantinham uma
agricultura e uma criação de suínos voltada mais para subsistência,
foram esses migrantes que formaram a base populacional de Cascavel.
Segundo
uma lenda o nome cascavel originou-se
com um grupo de colonos que pernoitando nos arredores de um rio
descobriram um grande ninho de cobras cascavéis e passaram a
denominar aquela região de Cascavel, e desde 1924 ela
constava dos mapas militares, depois foi oficializado como Vila pelo
prefeito de Foz de Iguaçu, mas o clerico a rebatizou como Aparecida
dos Portos, mas a população rejeitou, e em 1938 foi elevada a
condição de distrito administrativo, com o nome de Cascavel.
Em
14 de novembro de 1951 o governador Bento Munhoz da Rocha Neto propôs
a emancipação, mas a lei só foi assinada em 14 de dezembro de
1952 transformando a Vila em Município, juntamente com Toledo,
cidade vizinha, havia uma confusão quanto a data a ser comemorada,
até que em 20 de dezembro de 2010 foi sancionada a Lei nº
5689/2010 que definiu a data de 14 de novembro como a data
oficial de aniversário da cidade, comemorando assim a data de
sua criação e não de sua emancipação.
Com
o esgotamento das reservas naturais, encerrando o ciclo da madeira,
por volta dos anos 70, passou-se então à lavoura de cereais e à
suinocultura, logo depois se iniciou também uma atividade
industrial ligada ao agronegócio.
O oeste do Paraná era pouco desenvolvido no início do século XX,
a área de Cascavel começou a ser povoada a partir de 1928, mas a
cidade se desenvolveu mesmo a partir de 1952 com a chagada de muitos
migrantes vindos principalmente do sul do país.
Numa
dessa levas chegou a família Beux, incluindo Zilmar Antonio Beux,
gaucho, nascido em Carazinho em 1930, que jovem ainda, mas casado e
com filhos, foi começar vida nova em Cascavel. Especializado em mecânica
montou com os irmãos a Retificadora
Beux, no final dos anos 50 em meio a grandes dificuldades e
muita vontade de vencer.
Em 1964, com pouco mais de uma década de vida, as primeiras
corridas já aconteciam nas ruas de Cascavel, dizem que por influência
dos migrantes gaúchos que trouxeram a tradição das carreteras
para lá, e a partir de 1966 passou a ser realizada a Cascavel
de Ouro, corrida que se tornou tradicional com o passar dos
anos.
Zilmar, como muitos mecânicos, era apaixonado do automobilismo e
logo passou a participar, com um Simca, das corridas na região,
assim como no resto do Paraná e até mesmo no Paraguai. Com a
popularização das corridas Zilmar tinha o desejo de construir um
autódromo na cidade, como era bastante conhecido no meio conseguiu
a adesão de mais de 80 pessoas e criou uma empresa que comprou um
terreno de 40 alqueires no qual foi construído o traçado de terra
do Autódromo de Cascavel que foi inaugurado em 1970, a cidade mal
tinha vinte anos de vida oficial e já ganhava uma pista de terra na
qual se realizaram diversas corridas.
“Cinco
corridas se realizaram, todas de média duração como convinha às
provas de rua da época. As duas primeiras foram realizadas na região
central da cidade, com um trecho de paralelepípedos e outro em
terra. As três restantes foram disputadas no circuito de terra do
Parque São Paulo.
Abaixo, a relação de provas, pilotos vencedores, carros e datas
dessas corridas:
Duas Horas de Cascavel (26/01/64) - Tamoio Fedumenti (Renault
1093-Cascavel)
Quatro Horas de Cascavel (07/07/65 - Olidir Pereira(DKW-Palmas)
300 Milhas de Cascavel (04/12/66) - João de Barros(Simca-Curitiba)
500 Km de Cascavel (11/06/67) - Jaci Pian (Simca-Cascavel)
400 Milhas de Cascavel (15/11/67)
- Rodolfo Scherner/Bruno Castilho (Simca-Laranjeiras do
Sul/Curitiba.
As
400 Milhas de Cascavel foi a primeira edição da depois famosa
"Cascavel de Ouro", prova idealizada e organizada por Luis
Pascual Cumella, que depois lançaria o nome da cidade no cenário
automobilístico nacional.”
(fonte: Blog do Mestre
Joca)
|
Vista
aérea da pista de Cascavel por ocasião de sua inauguração |
Só
que em 1973 a Federação
Paranaense de Automobilismo passou a proibir a realização
de corridas em pistas de terra por serem consideradas perigosas, e
isso acabaria com o autódromo, a não ser que a pista fosse
asfaltada. Esse fato apenas acelerou o inevitável, o planejado asfaltamento
do autódromo de Cascavel.
Sob a liderança de Zilmar, que era presidente da empresa Autódromo de Cascavel S/A, a sociedade lançou mais quotas, e os sócios
existentes, importantes empresários locais, investiram mais e em
pouco mais de um mês a pista de Cascavel foi asfaltada, ainda em
1973.
O
resultado foi um traçado curto, de 3.032 metros, e bastante veloz.
São apenas sete curvas, sendo que a segunda, chamada de Bacião,
era uma das mais famosas e desafiadoras do Brasil: à beira de um
barranco era feita em alta velocidade, e seu começo em declive
deixava os pilotos sem visão na reta que a antecedia.
Para o nível de 1973 estava ótimo, pois Cascavel era o quinto autódromo
brasileiro e o primeiro asfaltado no interior, de qualquer estado.
Em 1973 o prefeito da cidade era Pedro Muffato, outro migrante e
também automobilista, corria desde 1966, logo que chegara na cidade
do oeste paranaense Muffato apostou no lugar, tornou-se empresário
de sucesso, e com trinta anos de idade, elegeu-se prefeito da
cidade.
Até o ano anterior Muffato pilotara um Puma, mas antes já tinha
pilotado Simca, o protótipo bi-motor feito em Cascavel e VW. Em
1973, com um Avallone, o prefeito-piloto ganhou notoriedade,
tornando-se vice-campeão da Divisão 4 (que depois ganhou em 1974).
Mas o realizador da pavimentação foi Zilmar Beux, através da
empresa Autódromo de Cascavel
S/A, com algum auxílio da prefeitura. Octacílio Mion, que fora
duas vezes prefeito de Cascavel, antecessor de Muffato, também era,
como Zilmar e Muffato, quotista da sociedade. Muffato inclusive foi
diretor da sociedade, embora licenciado em 1972 pois estava em
campanha para a eleição de prefeito.
Com a primeira prova realizada em abril de 1973 foi inaugurado
o autódromo de Cascavel, como
noticiou a Folha de São Paulo do dia 23 de abril de 1973:
“Com
a presença de pilotos de todo o país, várias solenidades e um
torneio de 2 provas, foi inaugurado ontem em Cascavel (Paraná) o
primeiro circuito asfaltado do interior dos estados do Brasil.
Cascavel fica a 500 kms. de Curitiba (capital do estado) e a 130 de
Foz do Iguaçu e possui 105 mil habitantes.
O
autódromo ainda não tem arquibancadas, mas na corrida a renda foi
superior a 80 mil cruzeiros. Isso deixa a administração local
muito otimista de que Cascavel estará incluída na disputa do
campeonato brasileiro do ano que vem”.
Saiu
também na revista 4Rodas de maio de 1973:
“A
pista de terra compactada de Cascavel estava interditada pela Federação
Paranaense de Automobilismo. Mas em 38 dias os sócios proprietários
do autódromo asfaltaram e sinalizaram os 3.032 metros do circuito,
construíram um pátio de estacionamento, túnel de acesso ao miolo,
dez lanchonetes, sanitários, instalaram uma área de camping, luz,
água encanada e cabine para imprensa com telefone e linhas para rádio
de TV. Os pilotos, em geral, gostaram do traçado da pista e só
criticaram a ausência de alguns itens de segurança, como os
guard-rails”.
Primeira
prova:
O
autódromo foi inaugurado em 22 de abril de 1973 com o nome de Autódromo
Internacional de Cascavel quando foram realizadas duas corridas:
Divisão 4 (esporte de fabricação nacional), até 2.000cc e acima
de 2.000cc, em duas baterias de 20 voltas, e Divisão 3 (turismo força
livre), até 1.600cc e acima de 1.600cc. Diversos pilotos de São
Paulo e o gaucho Vitório
Andreatta compareceram, entre os pilotos inscritos se
destacavam: Alfredo Guaraná Menezes, Francisco Lameirão e Newton
Pereira (RJ), na Classe até 2.000cc; Jan
Balder, Antonio Carlos Avallone, Pedro Victor De Lamare e Pedro
Muffato, na Classe acima de 2.000cc.
Nos treinos da Divisão 4 De Lamare fez 1’12”04 a média de
151,103 Km/h, em segundo ficou Muffato e em terceiro Avallone, todos
com protótipo Avallone.
Dezesseis carros largaram na Divisão 4, sendo 10 da classe A e 6 da
classe B. Os carros na classe A eram, em sua maioria Mantas
produzidos no Paraná, com diversos motores diferentes.
Na prova De Lamare
assumiu a ponta forçando nas três primeiras voltas quando igualou
o tempo da classificação estabelecendo o primeiro recorde do novo
circuito. Desistiram: Avallone, De Lamare, e com isso Muffato
venceu, Guaraná em segundo seguidos por Benoni, Newton e Moura
Brito.
Na segunda bateria Muffato largou em primeiro, mas na 12ª volta
parou e Guaraná assumiu a ponta, quando já estava em quarto Lameirão
parou por quebra do fio da bobina, Valdir Favorin com o protótipo 2
motores, da Classe B, chegou em segundo nessa bateria.
Quem acabou levando o caneco na classe A foi Alfredo Guaraná
Menezes, em sua única corrida de Divisão 4, pilotando um Manta/VW
fez 40 voltas na soma das duas baterias, seguido dos paranaenses
Sergio Benoni Sandri e Luis Moura Brito. O resultado da prova, ou
seja, a soma das duas baterias ficou assim:
Divisão
4 - Classe A - Até 2.000cc
|
1º
|
Alfredo
Guaraná Menezes
|
Manta/VW
|
40
voltas em 54m 6,3s - média de 135,95 km/h
|
2º
|
Sérgio
Benoni
|
Heve/VW
P6
|
40
voltas
|
3º
|
Luis
Moura Brito
|
Manta/VW
2000
|
40
voltas
|
4º
|
José
Alverne Argentino
|
Manta/Alfa
Romeo
|
38
voltas
|
5º
|
Ricardo
Valente
|
Nata/Alfa
Romeo
|
36
voltas
|
6º
|
Newton
Pereira
|
Heve/VW
P6
|
36
voltas
|
7º
|
Francisco
Lameirão
|
Polar/Corcel
|
31
voltas
|
8º
|
Olidir
Pereira
|
Manta/VW
2000
|
25
voltas
|
Divisão
4 - Classe B - Acima de 2.000cc
|
1º
|
Pedro
Muffato
|
Avallone/Chrysler
|
39
voltas em 53 m 35,5s
|
2º
|
Valdir
Favarin
|
Bimotor/VW
|
36
voltas
|
3º
|
Jan
Balder
|
Avallone/Chrysler
|
31
voltas
|
4º
|
Paulo
Nascimento
|
Manta/Opala
|
28
voltas
|
5º
|
Antonio
Carlos Avallone
|
Avallone/Chrysler
|
25
voltas
|
6º
|
Pedro
Victor De Lamare
|
Avallone/Chevrolet
|
10
voltas
|
Fonte:
Revista 4 Rodas de maio de 1973
|
Já na Divisão 3, na classe acima de 1.600cc a vitória foi de
Celso Frare depois de um duelo com Carlos Eduardo Andrade. Vitório
Andreatta corria distanciado seguido de Altair Barranco, todos
com Opala. Na oitava volta, de vinte, Andrade fez a melhor volta da
prova, com 1’19” a 138,167 km/h.
Mário Glauco Patti Jr. venceu de forma espetacular na classe até
1.600cc com Volks, como seu motor havia fundido, largou em ultimo.
Chateaubriand assumiu a liderança seguido por Edson Yoshikuma,
Chemin, Brasilio Terra, o outro Yoshukuma (Miguel) e Emilio
Pederneiras.
No fim da primeira volta Patti já estava em 12º e na segunda em 7º.
Na 15ª Miguel Yoshikuma parou, Patti passou Edson Yoshikuma e na 19ª
assumiu a ponta em virtude da desistência de Chateaubriand.
O resultado ficou assim:
Divisão
3 - Classe A - Até 1.600cc
|
1º
|
Mário
Glauco Patti Jr.
|
VW
1600
|
20
voltas em 36m 12,2s - média de 122,4 km/h
|
2º
|
Edson
Yoshikuma
|
VW
1600
|
20
voltas
|
3º
|
José
Chemin
|
VW
1600
|
20
voltas
|
4º
|
Brasilio
A. Terra
|
VW
1600
|
20
voltas
|
5º
|
Emilio
Pederneiras
|
VW
1600
|
20
voltas
|
6o
|
José
Pedro Chateaubriand
|
VW
1600
|
19
voltas
|
Divisão
3 - Classe A - Acima de 1.600cc
|
1º
|
Celso
Frare
|
Chevrolet
Opala
|
20
voltas em 33m 43,2s - média de 133,2 km/h
|
2º
|
Carlos
Eduardo Andrade
|
Chevrolet
Opala
|
20
voltas
|
3º
|
Nelson
A. Silva
|
Chevrolet
Opala
|
20
voltas
|
4º
|
Vitório
Andreatta
|
Chevrolet
Opala
|
20
voltas
|
5º
|
Luiz
Carlos Buss
|
Chevrolet
Opala
|
20
voltas
|
6º
|
Altair
Barranco
|
Chevrolet
Opala
|
20
voltas
|
Fonte:
Revista 4 Rodas de maio de 1973
|
Segunda prova:
Na nova pista asfaltada, em 29 de julho, foi realizada a "Taça
Soza Cruz", a quarta etapa do "Campeonato
Brasileiro de Viaturas Turismo", disputada em suas três
classes: A (até 1.600cc), B (de 1.601 a 3.000cc) e C (de 3.001 a
6.000cc).
Haviam 42 carros inscritos, sendo 26 na A, 5 na B e 11 na C e a
prova foi disputada em duas baterias de trinta minutos cada. Nos
treinos de classificação Pedro Victor De Lamare fez a pole na
Classe C seguido de Celso Frare, Luisinho Pereira Bueno quebrou o
virabrequim e ficou fora da competição, na Classe B, Rogerio Motta
foi o polesecundado por Adeodato Volpi Jr., os dois com Opala
2.500cc (4 cilindros), enquanto na Classe A o pole foi Julio Caio
Marques, com Ingo Hoffmann, Paulo Bossoni, Ney Faustini e Fausto
Dabbur, todos com Volks 1.600cc. e dentro do mesmo segundo.
Na primeira bateria desistiram por quebras: Fausto Dabbur,
Chateaubriand, Yoshikuma e De Lamare, venceu essa bateria Celso
Frare com boa vantagem sobre Julio Tedesco.
Na segunda bateria De Lamare voltou mas novamente quebrou, dessa vez
o semi-eixo, e ficou sem a roda dianteira esquerda, a vitória ficou
com Julio Tedesco seguido de perto por Celso Frare.
A classificação final da prova ficou assim:
Classe
A - Até 1.600cc
|
|
Ingo Hoffmann vencedor na Classe A
Reprodução: AutoEsporte de
setembro, acervo de Ricardo Cunha
|
1º
|
Ingo
Hoffmann
|
VW
1600
|
43
voltas em 1 h 01 min 48,593s
|
|
2º
|
Paulo
Bossoni
|
VW
1600
|
43
voltas
|
|
3º
|
Ney
Faustini
|
VW
1600
|
43
voltas
|
|
4º
|
Alfredo
Guaraná Menezes
|
VW
1600
|
42
voltas
|
|
5º
|
Emilio
Pederneiras
|
VW
1600
|
42
voltas
|
|
Classe
B - De 1.600 a 3.000cc
|
|
1º
|
Rogério
Motta Coccioli
|
Chevrolet
Opala
|
36
voltas em 1h 00m 48,220s
|
|
2º
|
Odivaldo
Alves
|
Simca
|
36
voltas
|
|
3º
|
Adeodato
Volpi Jr
|
Chevrolet
Opala
|
35
volktas
|
|
Julio Caio, o 8º na Classe A
Reprodução: AutoEsporte de
setembro, acervo de Ricardo
Cunha
|
4º
|
Evaldo
Vitta
|
Chevrolet
Opala
|
35
voltas
|
|
5º
|
Carlos
Luis Tatsch
|
Simca
|
32
votas
|
|
Classe
C - De 3.000
a 6.000cc
|
|
1º
|
Celso
Frare
|
Chevrolet
Opala
|
44
voltas em 1h 00m 48,924s
|
|
2º
|
Julio
Tedesco
|
Chevrolet
Opala
|
44
voltas
|
|
3º
|
Antonio
Castro Prado
|
Chevrolet
Opala
|
42
voltas
|
|
4º
|
Luiz
Landi
|
Chevrolet
Opala
|
41
voltas
|
|
5º
|
Roberto
Alves
|
Chevrolet
Opala
|
18
voltas
|
|
Fonte:
Revista 4 Rodas de setembro de 1973
|
|
Terceira prova:
Em 30 de setembro foi a vez da sétima etapa do “Campeonato
Brasileiro de Construtores”. A corrida foi muito importante
para o campeonato, pois Avallone liderava o certame, seguido de
perto por Muffato, que acabaram campeão e vice respectivamente.
A prova foi disputada em duas baterias de 25 voltas e apresentou um
nível técnico baixo. Os organizadores não dispunham de pessoal de
sinalização eficiente. Os treinos começaram na sexta-feira com
quatro carros andando abaixo do recorde da pista, 1’12”04, e
entre os carros abaixo de 2.000cc o carioca Mauricio Chulan e o
paranaense Sérgio Benoni Sandri, ambos com Heve/VW P6 2000 fizeram
tempos idênticos, 1’14”02.
As provas de classificação foram no sábado, na Classe B, acima de
2.000cc Francisco
Lameirão conquistou a pole mesmo sem a segunda marcha por
problemas no trambulador, seguido de Avallone, Muffato e Artur
Bragantini, já na Classe A, até 2.000cc. Chulan melhorou seu tempo
e ficou à frente de Benoni e Jayme Levy. A largada foi dada com as
Classes A e B largando juntas, mas classificando separado.
Na quinta volta da segunda bateria, Lameirão estabeleceu um novo
recorde para o circuito: 1’09”05 a 157,053 km/h.
O resultado final foi o seguinte, na soma das duas baterias:
Divisão
4 - Classe A - Até 2.000cc
|
|
30
de setembro de 1973, Pedro Muffato
em seu Avallone/Chrysler mesmo com
o 4º lugar foi vice-campeão brasileiro
Reprodução: 4 Rodas de novembro
|
1º
|
Mauricio
Chulan
|
Heve/VW
P6
|
48
voltas em 1h 01m 18,9s
|
|
2º
|
Newton
Pereira
|
Heve/VW
P6
|
46
voltas
|
|
3º
|
Jayme
Levy
|
Polar/Ford
1400
|
45
voltas
|
|
4º
|
Sérgio
Benoni Sandri
|
Heve/VW
P6
|
44
voltas
|
|
5º
|
Ilo
Darci Weirich
|
Sabre/VW
|
37
voltas
|
|
6º
|
José
Alverne Argentino
|
Manta/FNM
|
13
voltas
|
|
7º
|
Ricardo
Valente
|
Manta/FNM
|
12
voltas
|
|
Divisão
4 - Classe B - Acima de 2.000cc
|
|
1º
|
Francisco
Lameirão
|
Avallone/Chrysler
|
51
voltas em 1h 00m 33s
|
|
2º
|
Antonio
Carlos Avallone
|
Avallone/Chrysler
|
51
voltas
|
|
3º
|
Luis
Carlos Pinto da Fonseca
|
Avallone/Chrysler
|
50
voltas
|
|
4º
|
Pedro
Muffato
|
Avallone/Chrysler
|
48
voltas
|
|
5º
|
Jaci
Pian
|
Manta/Chrysler
|
45
voltas
|
|
6º
|
Valdir
Favarin
|
Bimotor/VW
|
32
voltas
|
|
7º
|
Pedro
Victor De Lamare
|
Avallone/Chevrolet
|
21
voltas
|
|
Fonte:
Revista 4 Rodas de novembro de 1973
|
|
Quarta prova:
Aconteceu em 18 de novembro de 1973 e foi
a quarta edição, e a primeira no autódromo asfaltado, da “Cascavel de Ouro”, destinada aos carros da Divisão 4, mas antes
houve a “5 Horas da Divisão
1” (turismo de série), foi a primeira prova de longa duração
no novo autódromo, em cinco horas completaram 183 voltas.
O programa foi iniciado com a prova de longa duração e 45 carros
foram inscritos. Na classificação choveu e a pole position foi
conseguida pela dupla Fare/Graczyk com um Chevette.
As primeiras voltas da prova foram realizadas com batidas, curvas
com três carros lado a lado, derrapagens e muita disputa. Para a
dupla Fare/Graczyk o pouco tempo que perderam nas paradas foi
fundamental para a vitória. O resultado oficial só saiu na
segunda-feira, e após vistoria, dos 10 primeiros, 6 foram
desclassificados por alterações mecânicas não autorizadas.
O resultado final após as desclassificações ficou assim:
5 Horas Divisão 4 - Chevette vencedor de Celso Frare/Graczyk
Reprodução:
4 Rodas de dezembro
|
|
5
Horas da Divisão 1 - Turismo de Série
|
|
1º
|
Celso
Frare/Graczyk
|
Chevette
|
183
voltas
|
|
2º
|
Carlos
Alberto Monteiro
|
Dodge
1800
|
181
voltas
|
|
3º
|
Attila
Sipos
|
Chevette
|
180
voltas
|
|
4º
|
Claudio
Drugovich
|
Chevette
|
180
voltas
|
|
5º
|
Luis
André Ferreira
|
VW
Brasilia
|
176
voltas
|
|
6º
|
Conrado
Alberto Scchiffer
|
Chevette
|
175
voltas
|
|
7º
|
Ingo
Hoffmann
|
Chevette
|
174
voltas
|
|
8º
|
Ettore
Beppe
|
Chevette
|
173
voltas
|
|
9º
|
Gastão
Wigert
|
Dodge
1800
|
170
voltas
|
|
Fonte:
Revista 4 Rodas de dezembro de 1973
|
Para a prova da Divisão 4, a principal do programa, dezessete protótipos
de fabricação nacional foram inscritos, 9 na Classe B e 8 na
Classe A. Na classificação Francisco Lameirão ficou com o melhor
tempo, 1’09”8, acima do recorde que ele mesmo havia
estabelecido, em seguida vinha Muffato.
As duas baterias da corrida foram ganhas por Lameirão, seguido nas
duas por Angi Munhoz. Na primeira bateria Avallone pulou na frente e
na volta inicial igualou o recorde da pista, 1’09”05, atrás
vinham Lameirão, Muffato Bragantini e Angi Munhoz, mas iniciando a
quarta volta Avallone perdeu o controle do carro e bateu num
barranco destruindo seu protótipo, mas felizmente sem ferimentos.
Lameirão assumiu a ponta e venceu sem trabalho, o mesmo aconteceu
na segunda bateria.
O resultado da “Cascavel de
Ouro” ficou assim:
Divisão
4 - Classe A - Até 2.000cc
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Angi
Munhoz da Equipe Motoradio na Classe B e Chulan da Equipe Hollywood
vencedor na Classe A
Reprodução:
4 Rodas de dezembro
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1º
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Mauricio
Chulan
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Heve/VW
P6
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40
voltas em 52m 46s
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2º
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Sérgio
Benoni Sandri
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Heve/VW
P6
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39
voltas
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3º
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Jan
Balder
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Polar/VW
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36
voltas
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4º
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Sérgio
Farina
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Manta/VW
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35
voltas
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5º
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Mário
Glauco Patti Jr
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Heve/VW
P6
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35
voltas
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6º
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Ilo
Darci Weirich
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Sabre/VW
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34
voltas
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7º
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José
Figueiredo
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AC/VW
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33
voltas
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8º
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Elton
Rohnelt
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Heve/VW
P6
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31
voltas
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Divisão
4 - Classe B - Acima de 2.000cc
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1º
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Francisco
Lameirão
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Avallone/Chrysler
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40
voltas em 51m 33,1s
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2º
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Angi
Munhoz
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Alfa
Romeo/Maverick
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40
voltas
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3º
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Artur
Bragantini
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Avallone/Chrysler
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33
voltas
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4º
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Edi
Bianchini
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Manta/Chrysler
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33
voltas
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Fonte:
Revista 4 Rodas de dezembro de 1973
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Para
um
primeiro ano do novo circuito asfaltado o sucesso foi muito grande: quatro provas
com públicos recordes, e tudo graças ao trabalho incansável de seu
idealizador, Zilmar Beux. Mas em 1974 ele desgostoso com a falsa atribuição
da construção do autódromo, dada por uma revista de circulação
nacional e logo seguida por todos outros, ao prefeito/piloto Pedro
Muffato, entregou a diretoria da empresa ao seu sucessor.
Como
disse seu filho, Miguel Beux, ao site Nobres
do Grid:
“-
Meu pai vivenciou cada momento do autódromo. Desenhou o traçado, abriu
a pista, pilotou, assumiu compromissos que comprometeram até a
estabilidade financeira familiar na época do asfaltamento. Ele
mudou-se para dentro do autódromo e ficou lá, acampado, até tudo
ficar pronto. Acompanhou cada etapa. Ele tinha tanta certeza de que
aquilo daria certo que, no final do ano, depois de realizadas as
provas de 1973, as dívidas estavam pagas. Seu maior problema foi o
desgosto com o que foi noticiado”.
Zilmar
se retirou, desmontou seu carro de corridas e se afastou, foi cuidar
de sua vida profissional, não retornando mais ao autódromo, só
voltou a pisar lá uns 30 anos depois, já idoso e doente. Mas sua
vida empresarial foi coroada de êxito, a Retificadora
Beux transformou-se na maior retífica do oeste do Paraná e no
início dos anos 80 fundaram a Distribuidora
Beux de Motores e Peças Ltda. para atuar no mercado de
distribuição de autopeças. O sucesso foi tanto que nos anos
seguintes abriram 7 filiais e, no ano de 1983, inauguraram a filial
de Cuiabá (MT).
Em 1988 com as empresas andando bem, Zilmar, já com negócios no
segmento agropecuário, passou para seus filhos e genros o controle
das empresas, passando a ocupar-se somente das fazendas, até que em
1997 resolveu voltar para o comércio de autopeças de olho no
mercado de Mato Grosso, comprou da Distribuidora
Beux as lojas de Cuiabá (MT) e Campo Grande (MS), mudando a razão
social para: Beux Peças e Motores Ltda. preservando o nome Beux, já forte no
mercado de Autopeças.
Zilmar,
já com 75 anos de idade e doente, faleceu em outubro de 2005. Dias
antes o radialista João Passos lançou a idéia de se rebatizar o
autódromo com seu nome, idéia prontamente aceita por Pedro Litron,
presidente do Automóvel Clube de Cascavel que a repassou aos sócios da S/A, e
finalmente em 2008 o autódromo passou a se chamar Autódromo Internacional Zilmar Beux.
“-
Cascavel deve o fato de ter um autódromo à atitude empreendedora de
Zilmar, dar o nome dele ao autódromo não chega nem a ser
algo como uma homenagem, mas um pequeno reconhecimento à grande dívida
que o esporte de Cascavel tem para com ele. Foi o empenho e a dedicação
dele que viabilizaram nossa pista“.
Assim falou Pedro Litron ao jornal O
Paraná.
A
tradicional prova “Cascavel
de Ouro” foi marcante na história do autódromo, a primeira
foi realizada em 1967 nas ruas da cidade, as de 1970 e 71 na pista
de terra do autódromo e a partir de 1973 todas se realizaram no autódromo.
Ela foi realizada até o ano de 2005, falhando alguns anos, veja a
lista de todas as provas e seus vencedores:
1967 –
Rodolfo Scherner/Bruno Castilho (Laranjeiras do Sul/Curitiba), Simca
1970 – Sérgio Valente Withers (Curitiba), Volks Divisão 5
1971 – Pedro Muffato (Cascavel), Puma Spartano
1973 – Francisco Lameirão (São Paulo), Avallone
1974 – Pedro Muffato (Cascavel), Avallone
1975 – Pedro Muffato (Cascavel), Avallone
1976 – Nelson Piquet (Brasília), Super Vê
1980 – Marcos da Silva Ramos (Curitiba), Chevette
1982 – Aroldo Bauermann (Porto Alegre), Fórmula 2
1983 – Edgar Favarin (Cascavel), Fusca
1984 – Cláudio Elbano (Curitiba), Passat
1985 – Saul Mário Caús (Cascavel), Opala
1986 – Dilso Sperafico (Toledo), Hot-Fusca
1987 – Aloysio Ludwig Neto (Cascavel), Dodge
1988 – Ruy Chemin (Cascavel), Dodge
1989 – Marcos Corso (Curitiba), Passat
1990 – Edgar Favarin/Clênio Faust (Cascavel/Francisco Beltrão),
Passat
1991 – Edgar Favarin/Milton Serralheiro (Cascavel), Gol
1992 – Constantino Júnior (Brasilia), March-Honda Fórmula 3
1993 – Cláudio Girotto/Lourenço Barbatto (São Paulo), Aldee
1994 – Edgar Favarin/David Muffato/Gilson Reikdall
(Cascavel/Cascavel/Curitiba), Aldee
1996 – Edgar Favarin/Valmor Emílio Weiss (Cascavel/Curitiba), Gol
1997 – Valmor Emílio Weiss/Antônio Espolador (Curitiba), Gol
2003 – Flávio Poersch/Aloysio Ludwig Neto (Cascavel), Voyage
2004 – David Muffato/Ruy Chemin (Cascavel), Escort
2005 – Edgar Favarin/Flavio Poersch (Cascavel), Escort
(Fonte: Blog do Luc
Monteiro)
Nas
décadas de 70 e 80, Cascavel recebeu todas as principais categorias
nacionais, mas a partir da década de 90 foi ficando defasado e
acanhado para receber as provas de nível nacional, e mesmo sendo
considerada o berço da Fórmula Truck, a categoria não mais correu
lá.
O
Autódromo de Cascavel tem forte ligação com a história da
F-Truck. É uma ligação maior do que apenas sediar uma etapa da
categoria, porque foi seu traçado que teve o privilégio de ser o
primeiro a receber a categoria em 1987, na “I
Copa Brasil de Caminhões”, o evento terminou em tragédia,
com o falecimento do então presidente do Autódromo
Internacional de Cascavel, Jeferson Ribeiro da Fonseca que
capotou o seu caminhão Scania numa das curvas do circuito, mas
novamente no início de 1995, na primeira prova de apresentação
como F-Truck naquele ano a categoria ainda não era homologada pela
CBA. As duas provas atraíram público superior a 20 mil pessoas
para acompanhar, ao vivo, aquela disputa diferente das que estavam
habituados a ver. A grande vibração nas arquibancadas era um sinal
do sucesso que a categoria alcançaria.
Em
2011, após 38 anos da inauguração, a S/A doou a área da pista do
autódromo para a Prefeitura que se comprometeu a reformar o
complexo esportivo e remodelar sua estrutura para adequá-lo às exigências
modernas de segurança e conforto, com alargamento da
pista e melhorias nas dependências.
Anunciada em setembro de 2011 e iniciada em fevereiro de 2012, a
reforma do autódromo trocou a reta principal e os boxes, antes
defronte à rodovia, para após a primeira curva, aumentará a
largura da pista em 1/3 (de 9 para 12 metros), recapeamento total do
piso, construção de arquibancadas fixas e estrutura para o público,
como novos banheiros, área de camping, churrasqueiras, novo túnel
de acesso e nova entrada, tudo com o objetivo de trazer de volta as
competições mais importantes do automobilismo nacional.
O traçado é famoso pela
sua Curva do Bacião no final da reta de largada, que é longa, cega e
em descida e acaba criando um desafio extra, já que é o lugar da
pista conhecido por separar os “adultos das crianças”. De raio longo
e após uma grande reta em descida, a curva é inclinada a 180º,
lembrando a "Eau Rouge" sua "parente" na Bélgica
A
reinauguração foi em agosto de 2012 com
uma etapa da Formula Truck.
Acrescentada dia 1 de agosto de 2012
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