- Fórmula
1 em Brasília - 1974
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A
Fórmula 1 chegou ao Brasil em 1972 com uma prova experimental em
Interlagos (SP), depois, a partir de 1973, o país passou a fazer
parte do circuito internacional da F-1, e de 1973 a 1977 as provas foram em São
Paulo; em 1978 foi realizada no Rio
de Janeiro, no autódromo de Jacarepaguá; em 79 e 80 retornou à São Paulo,
mas a partir de 1981
e até 1989 foram de novo realizadas no Rio de Janeiro, só retornando à São
Paulo em 1990, já com a pista de Interlagos mutilada, reduzida de seus quase 8
km para 4.309 metros.
O que a maioria das pessoas não se lembra, ou talvez nem saiba,
é que em Brasília (DF) também já houve uma corrida de F-1, foi
em
1974, mas lá então não existia autódromo, foi preciso
construir um.
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Reprodução
do Jornal do Brasil de 31 de janeiro de 1974 |
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O governo militar instalado em Brasília (DF), querendo aproveitar
a conquista do mundial de F-1 pelo piloto brasileiro Emerson
Fittipaldi em 1972, encomendou a construção de uma pista. A
empreitada foi entregue ao Departamento de Estradas de Rodagem do
Distrito Federal e o engenheiro rodoviário Samuel Dias era o chefe
da Divisão de Estudos e Projetos do órgão, especializado em
desenhar rodovias coube a ele executar o desenho do traçado e
comandar as obras.
Viajou à Argentina para conhecer o "Autódromo Juan y Oscar Gálvez",
inaugurado em 1952 por Juan Domingo Perón, e que recebia etapas
do mundial de Fórmula 1 desde 1953.
Com o apoio do governador Hélio Prates iniciou o projeto, e as obras ficaram a cargo da NOVACAP,
empresa criada para a construção de Brasília. A pista da capital
federal foi batizada de “Autódromo Presidente Emílio
Garrastazu Médici”. Sua construção foi concluída
rapidamente, em dois anos ficou pronto.
O Brasil sofria com a ditadura militar e o esporte surgia como uma
das poucas atividades livres de qualquer censura e o governo
buscava ganhar com ele a simpatia do povo.
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Ilustração
da pista publicada nos jornais em 1974 |
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Dias aproveitou o terreno plano e construiu uma pista de corrida
com duas opções de traçado onde é possível enxergar todo o
circuito de qualquer ponto, seja das arquibancadas ou dos
barrancos.
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A extensão do circuito completo é de 5.475,58 m, por 14 m de
largura e a reta maior tem 750 metros, possui seis curvas para a
esquerda e seis para a direita. Sua maior qualidade era o asfalto.
As curvas de média e alta dificuldade lembravam os melhores circuitos
europeus, segundo os pilotos da
F-1; a segunda opção, o
circuito externo de 2.919,48 metros tem quatro curvas fechadas e
uma leve, tornando-a muito rápida.
Dias construiu ainda, paralelas ao traçado, duas outras pistas
auxiliares, afastadas três metros da pista de competição, com
largura também de três metros destinada aos veículos de
socorro.
A capacidade das quatro arquibancadas e do pavilhão de cadeiras
cobertas era de 11.500 lugares, porém podia-se abrigar em torno
de 50 mil pessoas utilizando-se arquibancadas extras, mas em sua
inauguração recebeu um publico extraordinário, estimado entre 85 e 100 mil
pessoas.
Eram comuns provas extra-campeonato na época, e haviam também
provas experimentais para homologar circuitos recém-aprovados
pela Fórmula 1 que pretendiam ingressar no calendário da
categoria, como era o caso de Brasília.
Naquele semestre mais duas provas extra-campeonato foram
disputadas: dia 14 de março em Brands Hatch, a “Corrida
dos Campeões”, reunindo carros da Fórmula 1 e da Fórmula
5000, que não contava pontos para o campeonato, vitória de Jacky
Ickx da equipe Lotus, com uma Lotus 72D. E outra ainda, em
Silverstone, no dia 7 de abril, “Troféu
Internacional de Silverstone” novamente junto com carros da
Fórmula 5000, e que também não contava pontos para o
campeonato, vitória de James Hunt da equipe Hesketh.
O “Autódromo Presidente Emílio Garrastazu Médici”
era tão seguro e moderno na época, que chegou a ser cogitado
para substituir ou fazer revezamento com Interlagos (SP). Mas
nunca recebeu uma prova oficial do calendário da Fórmula 1.
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Ingresso
de arquibancada = Cr$ 25,00 |
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A prova:
Para a inauguração foi criado então o "Grande
Prêmio Presidente Médici" para que milhares de pessoas
pudessem assistir as festividades e com uma corrida de Fórmula 1, uma corrida pequena,
40 voltas, totalizando 219,02 km, mas que seria o ponto alto da
festa de inauguração.
Em 27 de Janeiro de 1974 foi realizado o GP Brasil em Interlagos
(SP) e uma semana depois foi a vez da prova extra-campeonato inaugurando
o autódromo. Nesta prova somente doze pilotos participaram (em São
Paulo, largaram 25), mas apesar do número reduzido de pilotos o
evento foi um sucesso, com transmissão ao vivo pela TV para todo
Brasil.
- A
prova foi marcada para o domingo dia 3 de fevereiro, só que muito
antes já se articulava, com a colaboração de Emerson
Fittipaldi, para
convencer as equipes a ficarem no Brasil e participar, porem algumas
equipes, como a Mclaren e a Tyrrell, participaram com um só
piloto (Emerson e Scheckter, respectivamente). Ainda teve a ausência
de outras equipes: Ferrari, Lotus, Shadow e Lola. Wilsinho fez
uma participação especial com um Brabham BT44 alugado, foi sua
única prova naquele ano, pois estava totalmente envolvido com o
projeto do Coopersucar, primeiro carro F-1 brasileiro.
Os inscritos foram 11 e teve mais Wilsinho que alugou um carro,
completando 12 inscritos, a lista era essa:
Elf Team Tyrrell
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nº 3
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Jody Scheckter (África do Sul)
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Malboro Team Texaco (McLarem)
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nº 5
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Emerson Fittipaldi (Brasil)
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Motor Racing Developments (Brabham)
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nº 7
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Carlos Reutmann (Argentina)
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nº 8
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Wilson Fittipaldi
Jr. (Brasil)
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March Engenheering
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nº 9
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Howden Ganley (Nova Zelandia)
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nº 10
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Hans-Joachin Stuck (Alemanha)
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B.R.M.
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nº 14
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Jean-Pierre Beltoise (França)
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nº 15
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Henri Pescarolo ((França)
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Team Surtees
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nº 18
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José Carlos Pace (Brasil)
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nº 19
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Jochen Mass (Alemanha)
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Frank Williams (Iso-Malboro)
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nº 20
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Arturo Merzario (Itália)
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Hesketh Racing (March)
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nº 24
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James Hunt (Inglaterra)
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A
direção de prova foi entregue à Mario Glauco Pati, e os prêmios
aos vencedores foram de Cr$ 50.000,00 (50 mil cruzeiros) para o
primeiro colocado, Cr$ 40.000,00 para o segundo e Cr$ 30.000,00
para o terceiro.
O esquema de segurança previa 32 médicos, 11 ambulâncias com
enfermeiros, helicópteros do Serviço de Buscas e Salvamentos da
FAB e 150 bombeiros com 11 viaturas, além de que estavam previstos
1.500 homens da Polícia Federal para cuidar da segurança. Haviam
ainda quatro ambulatórios instalados em trailers para atender ao
publico.
A FAB também proporcionou uma demonstração da “Esquadrilha
da Fumaça” com seis aviões T-6, que fizeram acrobacias
sobre a pista. Esses aviões foram usados pela Esquadrilha até
1976, sendo substituídos pelos Neiva Universal T-25 de fabricação
nacional.
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Reprodução
JB: Pace e Emerson conversam durante os treinos |
Na quinta-feira, dia 30 de janeiro, os pilotos, não todos, fizeram
um reconhecimento da pista em carros de passeio, e só na
sexta-feira aconteceu o primeiro treino livre oficial, que começou
às 11:50h, com 50 minutos de atraso, e onde José Carlos Pace fez
o melhor tempo e Emerson o segundo.
O treino classificatório aconteceu no sábado e foi assistido pelo
governador Helio Prates e todo seu secretariado, além de 8 mil
pessoas que pagaram ingresso, e teve chuva na primeira seção.
Houve um excesso de zelo do pessoal responsável pela segurança,
causando um incidente com jornalistas e com Wilson
Fittipaldi, o “Barão”, pai de dois dos competidores, que
fez com que ele e outros profissionais deixassem de assistir a
primeira seção de treinos, pois todos que não chegaram antes de 20
minutos do início foram impedidos de atravessar a passarela
que levava aos boxes.
A segunda seção aconteceu com sol e pista seca, quando foi então
definido o grid de largada, tendo uma acirrada disputa nos dez
minutos finais entre Reutmann, Emerson, Pace e Scheckter, mas
Reutmann levou a melhor, ficando assim o grid :
Primeira Fila
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Carlos
Reutmann (1’51”18)
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Emerson
Fittipaldi (1’51”27)
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Segunda Fila
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Jody
Scheckter (1’51”40)
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José
Carlos Pace (1’51”40)
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Terceira Fila
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Arturo
Merzario (1’53”43)
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Jean
Pierre Beltoise (1’54”44)
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Quarta Fila
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Wilson
Fittipaldi Jr. (1’54”62)
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Jochen
Mass (1’55”53)
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Quinta Fila
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Henri
Pescarolo (1’55”88)
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Howden
Ganley (1’57”61)
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Sexta Fila
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Hans-Joachin
Stuck (1’58”10)
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James
Hunt (2’04”95)
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Os
brasileiros na prova: |
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José
Carlos Pace (Surtees
) |
Wilson
Fittipaldi Junior (Brabham) |
Emerson
Fittipaldi (McLarem)
|
No
domingo às 11h30minh, dada a largada Reutmann fez valer sua pole
position e saiu na frente, ajudado por uma má largada de Emerson,
que mesmo assim manteve-se em segundo com Merzario em terceiro,
Scheckter em quarto e Pace em quinto. Concluída a primeira volta
Reutmann e Emerson já abriam espaço em relação aos outros
competidores, distancia que foi aumentando volta a volta.
Na terceira volta Scheckter ultrapassou Merzario para decepção do
Embaixador italiano, Carlo Enrico Gigliolli, presente ao autódromo,
enquanto Emerson seguia embutido em Reutmann, mas na sexta volta
surgiu uma oportunidade, o argentino deu uma leve desgarrada, mas
suficiente para ser ultrapassado, caiu para segundo e já na volta
seguinte foi a vez de Scheckter ultrapasar Reutmann, cuja Brabham
BT44 já não estava com o motor muito bem.
Pace, ainda em quinto, estava com o motor de seu Surtees com
problemas de má alimentação e precisou parar na nona volta,
retornando em seguida.
Na décima primeira volta Reutmann encostou o carro com muita fumaça
saindo do motor, não havia chaas, o motor havia fundido, mas por
precaução os bombeiros usaram extintor de pó químico. Na décima
segunda volta Pace recorre novamente ao box, perdendo 2’20”.
Em quinto vinha Beltoise, mas atacado por Wilsinho que por sua vez
era atacado por Hans Stuck, até que na décima oitava volta
Beltoise errou uma marcha e Wilsinho o ultrapassou, três voltas
depois Hans Stuck também ultrapassou e passou a perseguir Wilsinho
numa disputa acirrada que durou até a trigésima segunda volta,
quando depois de algumas tentativas, Stuck ultrapassou, mas duas
voltas depois parou nos boxes abandonando a prova, Pace, na volta
seguinte também parou, desistindo.
Havia uma grande diferença entre os carros e não houve mais mudanças
até que Emerson cruzou a linha de chegada, ele que por sinal quase
ficou sem gasolina na última volta, foi obrigado a acionar a bomba
elétrica, pois a mecânica não bombeava mais, tão pouca era a
quantidade de combustível. Mesmo assim completou as 40 voltas
perfazendo 219,02 km em 1h15’22”95.
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Reprodução
JB: Medici entrega os troféus |
Reprodução
4 Rodas: Emerson e seu troféu |
Tão logo os três primeiros estacionaram e desceram de seus carros
foram encaminhados ao palanque de honra para receberem seus troféus
das mãos do Gal. Médici, ditador que estava em seus últimos dias
de mandato. Em 15 de março daquele ano foi substituído por outro
militar, o Gal. Ernesto Geisel.
No box da Tyrrell, Ken Tyrrell comemorava a classificação de
Scheckter como uma vitória, é que ele acabara de ganhar Cr$ 30
mil numa aposta que fizera com Benie Ecclestone, presidente na época
da “Associação Mundial dos Construtores de Carros de Fórmula
1”, que não acreditando no piloto devido às suas más
participações até então apostou que ele não subiria ao pódio,
Scheckter havia substituído Jackie Stewart e viria a ser campeão
mundial em 1979.
A classificação final ficou assim:
1. Emerson Fittipaldi (Brasil) McLaren, 40 voltas em
1h15’22”73, média de 174,337 km/h
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2. Jody Scheckter (África do Sul) Tyrrell, 40 voltas em
1h15’35”15, média de 173,860 km/h
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3. Arturo Merzario (Itália) Williams, 40 voltas em
1h15’49”85, média de 173,298km/h
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4. Jochen Mass (Alemanha) Surtees, 40 voltas em 1h17’01”59
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5. Wilson Fittipaldi
Junior (Brasil) Brabham, a 1 volta
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6. Howden Ganley (Nova Zelândia) March, a 1 volta
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7. Henri Pescarolo (França) BRM, a 1 volta
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8. Jean-Pierre Beltoise (França) BRM, a 2 voltas
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Não concluiram:
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9. José Carlos Pace (Brasil) Surtees, a 5 voltas
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10. Hans-Joachin Stuck (Alemanha) March,
a 6 voltas
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11. Carlos Reutemann (Argentina) Brabham, Problema mecânico, 12
voltas
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12. James Hunt (Inglaterra) March, Problema mecânico, 4 voltas
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A melhor volta foi a 20ª de Emerson Fittipaldi: 1’51”62, à
velocidade média de 176,600 km/h
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Estava
assim encerrado o "Grande
Prêmio Presidente Médici" de F-1, que teve um custo
total, estimado pela imprensa, de Cr$ 2.730.000,00, e já se
anunciava a próxima prova no autódromo, o “VII
Mil Quilômetros de Brasília” no dia 31 de março com a
participação de veículos
de Turismo Grupo 1, que tinham um pequeno nível de preparação.
Foi a inauguração "nacional" do autódromo.
Em 1988 o nome do autódromo passou a ser “Autódromo
Internacional Nelson Piquet” em homenagem ao piloto Nelson
Piquet, carioca de nascimento mas brasiliense de coração, morador
da cidade desde a infância, e que foi tricampeão mundial de Fórmula
1, venceu nos anos de 1981,1983 e 1987, sagrando-se o primeiro
tri-campeão brasileiro na categoria.
O autódromo foi arrendado ao Governo do Distrito Federal por uma
empresa, a NZ Empreendimentos, de Nelson Piquet, em 1995, de
imediato foram realizadas obras de recuperação e aperfeiçoamento
do circuito cabendo destacar a criação de áreas de escape e
caixas de brita nas principais curvas, nivelamento das áreas que
margeiam a pista, a colocação de 30.000 pneus para proteção,
construção de muro em todo o perímetro do autódromo, cobertura
metálica do padock, construção de um kartódromo, criação de
área para as sedes das equipes nacionais de competição com sede
em Brasília, construção de restaurante e iluminação do anel
externo. Entre 1995 e 2006, o autódromo quase voltou a ter o
brilho da época de sua inauguração.
Em março de 2006, o Tribunal de Contas do Distrito Federal
determinou o fim do contrato da NZ Empreendimentos, devolvendo ao
governo do Distrito Federal a administração da pista. Atualmente
o Ministério Público pede a retirada do nome, pois a legislação
não permite que bens do Estado recebam o nome de pessoas vivas.
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Fotos
da construção do autódromo - Acervo de Napoleão Ribeiro |
Acrescentada dia 1 de maio de 2012
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